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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

The House of God - Samuel Shem



Ao ler a entrevista feita ao Dr. Stephen Berg no "The Boston Globe" fiquei cativada pelo nome da sua primeira e mais conhecida obra: A Casa de Deus (The House of God).
Neste livro este psiquiatra, que escreve sob o pseudónimo de Samuel Shem, critica a ausência de humanidade e as torturas infligidas aos pacientes por parte dos médicos. Acredita que em parte essa falta de ética prende-se com o número de horas a que os médicos são obrigados a trabalhar em contínuo. Segundo ele é crucial ter a certeza que os médicos não estão tão cansados que não possam trabalhar.

Os ódios suscitados com o livro...

O lançamento deste livro em 1978 valeu-lhe um reconhecimento por parte da classe médica da geração da sua idade e mais nova e um ódio mordaz da classe médica da geração mais antiga, que o acusavam de nunca ter sido um bom aluno. Sobre esta onda de contestação ele refere que já não sente essa perseguição inicial. No fundo, para Shem "se viveres o tempo suficiente as pessoas que te odeiam ou morrem ou reformam-se". E pelos vistos ele já está nessa fase da vida...

Quanto à escolha para ser escritor!
Para Shem a escolha de ser escritor está quase sempre relacionada com uma infância infeliz. E ele no ramo da escrita não foge à regra. E talvez por isso tudo o que ele escreve prende-se com dois temas:
- resistência à injustiça;
-poder da conexão na cura.

Uma entrevista simples mas que clarifica muito sobre a importância do escritor na análise das diferentes situações quotidianas e no permitir a todos a possibilidade de repensarem a realidade e o que é assumido como lei.

Uma entrevista interessante conduzida por Suzanne Koven, também médica psiquiatra.


Lueji Dharma
3 de Setembro de 2013

Obama na Biblioteca Pública de Cambridge

A assistir uma conferência do Obama na Biblioteca Pública de Cambridge sobre a sua biografia.
Interessante a forma como ele despe a capa de Presidente para se transformar num homem comum proveniente de uma famíla afroamericana onde os problemas raciais são sempre uma questão principal.
A segunda secção do livro fala sobre o Kenya porque ele fez questão de fazer uma pesquisa sobre as suas raízes.

Ele não acredita na simplificação que se faz sobre a sociedade ser ou não racial pois há diferenças históricas significativas. Para ele no que toca a questão raciais o passado ainda não é passado.

O regresso a África deve-se a ele querer reencontrar a sua verdade e enfrentar algo que ele sempre quis esconder ou teve vergonha. No fundo ele reconhece que África tem coisa boas mas também tem conceitos que têm que ser ultrapassados como o sexismo.
Nessa visita ao Kenya, Michele Obama sentiu que era americana e não conseguiu identificar-se com o lado africano apesar de ser negra.

Ps:É impossível não nos apaixonarmos pelo carisma deste homem..
Lueji Dharma