Num mundo sem igual, na tal África desigual, fomos traídos por quem menos esperavamos. Fomos traídos e encaminhados à morte. Fomos traídos, em pleno silêncio do rei. Ele que sabia, onde nos encontravamos e de nosso desfecho, se anestesiou no alcool até não poder mais. Enquanto a dor nos invadia a alma...essa dor espiritual que se soprepunha à física, ele se esvaía num vómito alcoolizado, que mais tarde o mataria de cirrose. Enquanto a dor nos libertava, o seu ódio o consumia! O poeta fingidor, tornava-se num traidor e ditador...essa vil cobardia o levou à morte. Mesmo não havendo uma arena, onde no seu púlpito, o imperador inclina o dedo para as covas terrenas, esse momento em que o olhar se virou para baixo consentindo a morte de milhares, jamais lhe saíu da alma. Enfim, julgado pela sua consciência, o alcool lhe perpetuou momentaneamente a vida, mas não o salvou. Nada mais mortal, que o peso de consiência.
Sim, a morte veio para nós como um alívio perante a tortura. Sim, foi uma libertação, a bala que me penetrou a carne. Na morte apenas um lamento, que me faz perpetuar a alma por cá...tu filho! Mais nada! Tudo fiz por convicção! Tudo dei por ideias que considerava serem cruciais. Perdoa-me se errei. Se te deixei- corrijo- se te deixamos, mas nada me fazia prever tamanha traição. Morri sedenta de te ver. Morri desejosa de te abraçar e consolar. Mas tudo na vida tem um fim, e nada se faz por acaso. Era este o meu destino que espero te liberte de qualquer final semelhante; peço a Deus que o karma termine em nós que morremos...porque há quem defenda que as vidas se repetem, mas que nada de semelhante se repita contigo. Eu já te libertei! Não vivas estas tragédias pessoais que se acumulam nesta terra! Liberta-te e sê feliz...
domingo, 5 de julho de 2009
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