Um filme de acção, onde fugindo aos filmes do género o argumento se desenvolve de forma natural, interligada e interessante. O realizador utiliza a história do roubo da Peça de Arte do Pensador para o móbil dos crimes. Tudo vale para resgatar uma Peça de Arte que vale milhões no mercado estrangeiro. O filme tem 95% de violência, seja de carro, nas ruas, nos estacionamentos...a violência passa pelas imagens das armas, pelos golpes de Kung-Fu,pelos ponta-pés na cabeça (pelo menos mais de 20...)
Reconhece-se o mérito do realizador na escolha dos actores, dos cenários e nas mensagens contra o crime. No entanto, apercebemo-nos ainda da mensagem subliminar do filme contra o racismo, através do uso do racismo contra os mulatos. Talvez o Paciência mostre a sua revolta contra os mulatos , quero acreditar que não em geral, mas apenas para as pessoas que ofendem cidadãos de raça negra com espressões esclavagistas do tipo: "Preto Burro". É inaceitável que ainda se usem esse tipo de expressões raciais impostas desde o tempo da escravatura... Quanto a essa temática tenho referido e continuo a referir que não interessa ser preto, branco ou mulato mas acima de tudo pessoas trabalhadoras e respeitadoras. Fantástica foi a utilização de personagens que aplicam rigorosamente os termos mangolês e que recriam muito do contexto e vida angolana. Por outro lado, mais uma vez este filme vem reconhecer o mérito cultural que o Nordeste Angolano tem, nomeadamente o Império Lunda-Tchokwe na Arte.
Sou da Paz! Laifado,me dormiram,
Parabéns a Paciência...continua o bom trabalho. Mas que os próximos filmes se demarquem da violência e do racismo gratuitos. O complexo de superioridade reside num complexo de inferioridade.
sábado, 10 de outubro de 2009
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