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terça-feira, 12 de março de 2013

As vantagens de ser um filho pródigo…

A dor do sofrimento exalta em diálogos de frustração empunhados a um Deus que parece não ouvir. O medo, a injustiça, a comparação atiram-nos para o fundo do poço. Buscar a Deus parece não ser mais solução. Para quê? Para quê viver a acreditar em Deus quando quem não acredita parece ser quem mais acerta! Os milhões correm na avenida em direcção a esses que espezinham, humilham e violentam o ser humano em toda a sua dignidade. Aos seus fiéis é reservado o pranto da queda, o pranto da injustiça e o clamor. Aos outros a entrega dos bens materiais e das facilidades da vida. Em debates alguém alega não dormirem por peso na consciência! Ahahahahaha… peso na consciência? Só se não convives com eles. A consciência não lhes pesa. O sono só é interrompido no momento em que se prepara outro golpe para “desviar” mais algum dinheiro ou vítima. Nada de peso na consciência. O peso na consciência é para quem vive nos caminhos divinos consciente de que ainda lhe falta muito para o Ser. E consciente do pecado que carrega interrompe o sono para de joelhos e lágrimas nos olhos clamar o perdão. Mas a esse estão reservados mais obstáculos, mais humilhações e sonhos “básicos” que dificilmente consegue alcançar. Primeiro serves a Deus. Depois a ti. Mas Deus te compensará. E dia após dia ele carrega na fé o sonho da compensação e de um dia acordar sob a capa do milagre na vida que sempre sonhou: “uma família em amor, num lar abençoado”. Um sonho simples mas quase impossível de realizar para quem serve a Deus. Irónico! Mas verdadeiro… Aos que servem é reservado mais obstáculo, mais adversidade e ao mesmo tempo a visualização de que sem Deus é possível alcançar o básico e muito mais. Tudo se passa como se de um filme se tratasse onde os “vilões” sempre ganham e os “bons” vivem servindo uma causa perdida entregues ao desespero de arrecadar cicatrizes que raramente se curam. E tudo porque Deus é um Deus que está sempre disponível ao perdão. Ele perdoa os vilões. Assim basta estes se arrependerem todos os dias e Deus está com eles esquecendo seus filhos que sempre o acompanharam. Um Pai que vela mais pelo regresso do filho desviado do que pelos filhos que não se desviam. “Quando chegou em sua grande casa, no meio daquela fazenda gigantesca, viu outros empregados de seu pai, arrumados e correndo para atender a todos na festa, e ficou bastante confuso:- Oque está havendo aqui?- Chamou um dos empregados e perguntou oque estava acontecendo: - AAA meu senhor, seu irmão mais novo retornou ao lar. Seu pai está muito feliz e mandou que preparássemos uma grande festa para ele. -Oque?Meu pai está louco?Ande, vá chamá-lo já! O empregado foi correndo chamá-lo, enquanto o filho que além de cansado, agora estava enfurecido pela atitude do velho. Depois de algum tempo, o velho pai com um sorriso nos lábios veio ao encontro do filho, que muito irritado já foi esbravejando: - O senhor endoidou de vez? Onde já se viu dar uma festa em pleno meio de semana e ainda mais para esse perdido! Ele não é merecedor de uma festa, nunca! Já eu, me mato de trabalhar, cuido do senhor e de tudo por aqui e que ganho? Nada! Nem para essa festa fui convidado. O sorriso do pai se dissipou a ouvir tanto nervosismo e ressentimento, porém ele, um homem já idoso mas sempre muito amável com os filhos, abraçou seu filho primogénito, lhe deu um beijo e com lágrima nos olhos, segurou com as mãos seu rosto e disse: - Oh meu filho amado! Só Deus sabe o tamanho do amor que tenho por ti. O dia do seu nascimento foi uma alegria tal que se tivesse feito uma festa, não se compararia a essa. Você é meu braço direito, você é minha força, meu ombro para as lágrimas, meu amigo, meu irmão...você meu filho, você é meu sentido para a vida. O filho não consegue conter o choro e, como um menino reclama com seu pai: - Mas pai, porque fizeste esta festa para ele se tu me amas tanto assim? Nunca me deste uma festa e como disseste, eu sempre estive ao seu lado mas ele, ele abandonou a gente e sumiu no mundo, perdeu tudo que tinha e agora volta e o senhor o aceita de boa vontade como se nada tivesse acontecido? Então seu velho pai lhe diz: - Filho, Tudo que tenho aqui é teu. Além da sua parte você é o dono de tudo que possuo. Seu irmão esbanjou a parte dele, saiu sim pelo mundo, em busca de aventuras e as encontrou. Perdeu tudo que eu suei para ganhar e depois para não morrer de fome, foi trabalhar...trabalhar meu filho, coisa que ele nunca nem sonhou em fazer aqui, e trabalhava cuidando de porcos e comendo o mesmo que eles. Mas ele se arrependeu, viu que acabou com boa parte de sua vida apenas por prazeres passageiros e voltou pra casa...não sabe a alegria que tive quando o avistei ainda longe, da porteira de nossa fazenda. Ele me pediu perdão e até um emprego! Mas mais que depressa, preparei esta festa de boas vindas para ele. -Então meu pai, porque? - Porque meu filho? Porque ele estava morto e reviveu. Você está e sempre esteve vivo, faça quantas festas quiser com seus amigos mas esta festa hoje, é para dar boas vindas a nova vida de seu irmão! Entre, coma e beba connosco, dê um abraço em seu irmão e sente a minha direita na mesa, Nesta festa filho, não preciso te convidar, nela você entra e se sinta a vontade, ela também é sua”. História fictícia, baseada em Lucas 15:11-32 Fonte: http://jovensemcristobrasil.blogspot.com/2011/06/festa-do-irmao-do-filho-prodigo.html E aqui está a explicação para as festas e banquetes que todos os dias vemos homicidas, corruptos e ditadores receberem. Mas quem somos nós para julgar? Só Deus pode julgar… a verdade é que talvez o melhor é perdermo-nos para podermos pertencer ao grupo dos filhos pródigos… Para quem continua agarrado às promessas de Deus, boa caminhada, e nada de comparações porque vencer a dor do mundo é tarefa sua. A decisão de servir a Deus é sua. E é algo que apenas você poderá reconhecer. Não aguarde por reconhecimento ou festas. Aprenda apenas a aceitar que também fomos e poderemos vir a ser filhos pródigos e que também sempre fomos perdoados. Essa é a grande promessa de Deus: o perdão e o seu amor.

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