sexta-feira, 15 de março de 2013
Um livro recomendável
Não sei definir bem este sentimento, até porque é estranho em mim. Um sentimento de invasão de um orgulho que não sei de onde vem e que até acho descabido. Mas que fazer se é o que sinto? E não é bajulação porque tenho muitos amigos que escrevem bem mas nunca senti este orgulho tipo é meu com uma coisa de outro. É estranho não é?
Orgulhar-me "tipo é meu" com algo de outrém... Talvez não seja as letras desenhadas em palavras que configuram o texto que eu identifico como meu, mas talvez o sentimento que inspira o arquitectar desse texto é que me leva a apropriação e depois ao orgulho. Acredito que partilhamos o mesmo sentir, mas não sei se é possível partilhar algo tão íntimo. Será? Ou nesta espécie de relação que temos vindo a desenvolver ou a nos deixar envolver estamos a criar uma espécie de sentimento uno na diversidade de opinião e de vivências. Sim, porque das conversas que tenho contigo parece sempre que estamos em campos de batalha opostos. Mas que na altura de fazermos a guerra optamos sempre por mandar os exércitos para casa e decidimos fazer amor.
- Desarmar e bazar people que nós aqui temos mais que fazer que guerrear!
-Então é o quê boss que é mais importante que guerrear?
- FAZER AMOR meus kambas! FAZER AMOR!
E no desarmar da cavalaria e no despir das armaduras cobrimo-nos do bálsamo do amor desinfectando feridas e recuperando órgãos e membros feridos de dor. Sim, nós vamos à guerra com vontade de amar. Mesmo que essa batalha seja digitada e virtual. Mas o que interessa é que vamos e fomos...
E neste campo de batalha os prantos que se ouvem fazem parte de uma arte que nada tem de maquiavélica e que cobre prados ensaguentados de flores perfumadas. Oh doçura a formosura do amor. Oh xinguilamento eterno! Pudera todos os campos de batalha conhecer o acto de amar! Pudera o mundo reconhecer a beleza da partilha na diversidade. Sermos um sem com isso deixarmos de ser únicos. Oh que guerra esta que nos oferece o amor sem com isso nos cobrar a individualidade. Amar na liberdade.
E assim é este livro que elogio. Um acto de amor patente no servir... será isso o que tu articulas em palavras cobertas de uma ciência esclarecida e iluminada provida de método? Talvez não. Talvez eu me leia no teu texto. E não leia o teu texto. Ou talvez descubra o sentir por detrás de cada palavra escrupulosamente reescrita. Sim porque não as escreveste. Tu as reescreveste. Escreveste e depois censuraste e camuflaste. E agora que leio este desenho reescrito nesta paisagem desolada de uma cama virgem fico com este sentimento de ausência de verdade e honestidade. Talvez deva folhear este livro até me cansar de economia, de cultura e de tecnologia... e esta imagem de um jardim que até era de todos nós? Será o paraíso? Será o amor? Estou a revistar todas estas folhas deste livro e não encontro o amor? Oh Poesia! Onde andas tu? Doce inventar da tecnologia da atitude humana. A tal de revolução mental e espiritual... foste esquecida? Ou estarás adormecida entre palavras escritas e reescritas deste livro que agora não me parece novo, mas envelhecido. É verdade que este livro está entre o mal (contra bajulação) e o mal (bajulação). Sim! Este livro não toma partidos. Mas parte do quê? De um sistema entre males? A tal de Democracia? É isso não é? Atira ao meio, entre o mal e o mal! É o menos mau! Atirou-se portanto a uma meta elevada. Ser o menos mau! Gostei e recomendo.
***** um livro recomendável!
Lueji Dharma
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