Contador

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Quebrar as regras por vezes é solução!

An individual who breaks a law that conscience tells him is unjust, and who willingly accepts the penalty of imprisonment in order to arouse the conscience of the community over its injustice, is in reality expressing the highest respect for the law.
..................................... Martin Luther King, Jr.


Um indivíduo que quebra uma lei que considera injusta, e que por isso aceita a prisão que acabará por acordar a consciência social para essa injustiça, está na realidade a expressar o maior dos respeitos pela Lei.
.....................................Martin Luther King, Jr.


A força para vencer injustiças tem de ser infinitamente grande! Não é fácil, caminhar contra a corrente por mais certo que sintamos que os nossos ideais são. Por vezes, sentimo-nos sós e até malucos! Mas que fazer quando o coração nos grita sem hipótese de silêncio que não podemos compactuar com a injustiça...o nosso cérebro tenta em vão proteger-se mas o coração por vezes fala mais alto! E quando nos apercebemos tamos a defender as tais causas perdidas! E sem nos apercebermo-nos já nos olham de lado como se também fôssemos uma causa perdida! E facilmente a dúvida nos invade?
Vale a pena?
Não estaremos a perder status e dinheiro?
Não estaremos errados?
Mas quem somos nós para considerarmos errado o que alguns já consideram um dado adquirido?
Porquê que somos assim...complicados?

A cada pergunta? Uma não resposta! Não há certezas...podemos perder e ganhar!
A vida é assim

Mas uma coisa eu percebi! O que não vale é eu perder-me de mim...se essa é a verdade em que eu acredito! É nessa verdade que eu devo permanecer, mesmo que o mundo me grite que estou errada...que há coisas que nunca vão mudar por mais injustas que sejam!
Eu sou aquilo em que acredito!

Saudações Lueji Dharma

domingo, 20 de dezembro de 2009

O Natal

O Natal é daquelas épocas me causam infelicidade por ter um início e um fim. Continuo a achar ano após ano que não devia ter prazo, devia realmente ser sempre...as pessoas tornam-se mais doces, mais compreensivas e mais solidárias. E de repente o tempo cresce para aquelas coisas que nunca temos tempo o ano inteiro...amar simplesmente! Ligar aos amigos, aos familiares...escrever cartas e postais! Dar e dar...actos de amor que se condensam por alguns dias, a tal época natalícia!

Mas eu continuo a acreditar num mundo em que o natal será todo o ano, e não apenas durante alguns dias...e em Angola, não será diferente por mais incrível e distante que isso possa parecer pelas vicissitudes de um país saido há bem pouco de uma guerra desoladora e destruidora.

Mas Deus concerteza zelará por um futuro e uma nação própera!

Bom Natal!

Sweet dream - Beyonce



Sweet dream - Beyonce

Every night I rush to my bed (Todas as noites corro para a minha cama)
With hopes that maybe I'll get a chance to see you (com a esperança de te poder encontrar)
When I close my eyes I'm going out of my head (Quando fecho os meus olhos vou para fora da minha cabeça)
Lost in a fairytale, can you hold my hands and be my guide? (perdida num conto de fadas poderás segurar a minha mão e ser o meu guia?)

Clouds filled with stars cover the skies (nuvens cheias de estrelas cobrem os céus)
And I hope it rains, you're the perfect lullaby ( e eu espero que chova, tu és o perfeito xupa-xupa)
What kinda dream is this? (que tipo de sonho é este?)

You could be a sweet dream or a beautiful nightmare (tu podes ser um sonho doce ou belo pesadelo)
Either way I don't wanna wake up from you (De qualquer forma eu não quero acordar de ti)
(Turn the lights on)(Acende as luzes)

Sweet dream or a beautiful nightmare (um sonho doce ou belo pesadelo)
Somebody pinch me, your love's too good to be true (alguém me belisque o teu amor é demasiado bom para ser verdade)
(Turn the lights on)(Acende as luzes)

My guilty pleasure, I ain't going no where (minha culpa de prazer, eu não vou a lado nenhum)
Baby long as you're here I'll be floating on air (Baby desde que estejas c+a eu estarei a flutuar no ar)
'Cause you're my (porque és o meu)

You can be a sweet dream or a beautiful nightmare (podes ser um sonho doce ou um belo pesadelo)
Either way I don't wanna wake up from you (De qualquer forma eu não quero acordar de ti)
(Turn the lights on)(acende as luzes)

I mention you when I say my prayers (eu menciono-te nas minhas orações)
I wrap you around all of my thoughts (eu embrulho-te á volta dos meus pensamentos)
Boy you're my temporary high (rapaz és a minha temporária elevação)
I wish that when I wake up you're there (Eu desejo que ao acordar tu estejas lá)
To wrap your arms around me for real (para enrolares os teus braços à minha volta mas de verdade)
And tell me you'll stay by side (e diz-me que estarás do meu lado)

Clouds filled with stars cover the skies (nuvens repletas de estrelas cobrem os céus)
And I hope it rains, you're the perfect lullaby ( e eu espero que chova, tu és o perfeito xupa-xupa)
What kinda dream is this? (Que tipo de sonho é este?)


© B-DAY PUBLISHING; EMI APRIL MUSIC INC.; EMI BLACKWOOD MUSIC INC.; FORAY MUSIC; JIMIPUB; XAVIER MILES MUSIC;

these lyrics are submitted by OarSmaN
these lyrics are last corrected by Taneisha Star Marable



Ao ouvir esta música dificilmente não nos deixamos consumir pelo tom doce e desafiante de Beyonce que tenta a todo custo compreender o sonho de amor que ostenta por alguém...um amor que lhe deixa reconhecer estrelas encerradas em nuvens num céu que ela quer ver iluminado! Mas que sonho é este que deve a todo o custo ser abençoado pela chuva!

Uma ligeira homenagem às músicas que de alguma forma nos fazem continuar a acreditar no amor e nos sonhos...são músicas assim que nos permitem dormir com a certeza de que amanhã será um dia melhor...
Que aconteça o que acontecer, pesadelo ou sonho, vale sempre a pena acordar e continuar a viver!

Um bem haja a todos que acordam mesmo quendo todas as portas se parecem fechar à medida que percorremos o caminho....

E a todos SWEET DREAMS com a bela voz da grande Beyonce!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Um blog internacional - Lueji Dharma

No outro dia decidi colocar um flag counter no meu blog, ou seja, um contador de visitantes em função do país de onde acedem. Coloquei a título de curiosidade até porque julguei que o meu blog fosse apenas visitado por alguns angolanos e portugueses residentes em Angola. Ao fim de dois dias, constatei com grande alegria que o meu blog é visitado desde países como Lituânia, Alemanha, França, Estados Unidos da América, Brasil, Angola e Portugal. Sendo o maior número de visitas proveniente por ordem decrescente de Portugal, Brasil e Angola.
Com este mero contador apercebi-me que alguns dos meus textos são lidos em diferentes partes do mundo...pena não haver mais comentários. A partilha e a crítica fazem-nos crescer...

De qualquer forma a motivação para continuar a escrever mantém-se e aumentou.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Luéji Lua Kôndi ou Noeji-la-condi ou Lweji Nkonde - Rainha do Império Lunda Tchokwe

A bela Rainha Lueji continua a ter a sua história pouco documentada em Angola. Existem vários relatos nos arquivos portugueses mas muito resumidos e que se limitam a descrevê-la como bela, sábia e uma mulher que viveu para um amor por Tchibinda Ilunga.

Lueji foi coroada rainha pelo pai em detrimento dos seus irmãos que sempre a tiveram como inimiga.

Arquivo Histórico Ultramarino e Torre do Tombo - para quem quer estudar mais da história de África

Por terras lisboetas aproveitei para me dirigir à Torre do Tombo e ao Arquivo Histórico Ultramarino em busca de informação que complete a minha tese em História Regional de Local, sobre a temática do Reino Lunda-Tchokwe. Mas para minha surpresa e tristeza na Torre do Tombo não há registos. Resta-me o O Arquivo Nacional Ultramarino que escondido entre Belém e Ajuda, na Calçada da Boa Hora só abre à tarde.

Vale a pena a visita pois é um daqueles espaços senhoriais com um jardim muito bem cuidado e onde se encontra uma cafetaria que dá para um jardim de pérgolas e palmeiras ao estilo do romantismo. Confesso que é um privilégio conviver nesta Lisboa antiga recheada de motivos modernos...Lisboa tem este encanto e vale mesmo a pena.

Confesso que Lisboa tem em mim uma admiradora...é uma cidade priveligiada pelo contacto com o rio Tejo, pelas 7 colinas, pelos suas casas tradicionais, pela simpatia das gentes, tudo se conjuga para lhe dar um encanto que cativa cidadãos de todo o mundo.



Ps: se alguém tiver alguma informação sobre o Reino/Arte Lunda Tchokwe que queira partilhar disponha...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

disposto a morrer!!!!



Foto de Oliver Meyer

Um homem que não esteja pronto para morrer por algo não está apto para a vida
Martin Luther King

pacifico


foto de oliver meyer

sou da paz
grita o actor
a levantar os braços
sou da paz
é como o pacífico faz
sou da paz
venho e vou
pk sou da paz
e nada aki jaz
não me condenes
sou a tua paz
sou da paz

qdo a fauna cruza com desenvolvimento....





Foto gentilmente cedida pelo Yuri...

No comments!!!!!
Há imagens que falam por si!

Por esta paisagem angolana que eu amo!



Realmente Angola é um país à parte. Especialmente quando se percorre as suas paisagens divinais onde a vegetação exuberante quase não permite entrar...nestas florestas é impossível não sentirmos uma infinita paz e respeito. A alegria invade-nos porque ainda tivémos o privilégio de vivenciar um exemplo raro de beleza que se foi consolidando ao longo dos séculos. É possível realmente o confronto com a Natureza em todo o seu esplendor! Seja nos rios que correm fortemente em direcção ao mar, seja pelas quedas que eles criam ao encontrar desníveis em altura quer seja pelos animais que se escondem da presença humana...tudo é inegavelmente exemplo de preservação e de salvaguarda de uma paisagem em risco de extinção no mundo.
À medida que nos embrenhamos no verde e deixamos o alcatrão para trás...invade-nos a par da contemplação o receio de estarmos perante uma paisagem sujeita a desaparecer em face de um crescimento desmedido e desordenado.

Tanto terreno já desbastado e actualmente a necessitar de qualquer intervenção...esperemos que a construção se mantenha por essas áreas e Angola salvaguarde o que tem de mais precioso, e que poderá em caso da crise do petróleo que tanto se houve os economistas preverem, ser a nossa tábua de salvação.

sábado, 12 de dezembro de 2009

um direito adiado é um direito negado - Martin Luther King

As frases de Martin Luther King têm uma profundidade de quem n

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Coreia do Sul versus Angola


Criatividade angolana no seu melhor (foto recebida por e-mail autor desconhecido)


Nas minhas pesquisas a diversos blogues deparei-me com o blog de Justino Pinto de Andrade: http://jpintodeandrade.blogspot.com/2009/11/postal-da-coreia-do-sul-ii.html


No seu texto, postal da Coreia do Sul, Justino Pinto de Andrade apresenta lindamente o modelo sul-coreano e faz algumas considerações sobre Angola. Claro que é um modelo excepcional nem que seja pelo sucesso económico alcançado. Mas embora, em Angola, o cenário seja ainda de caos, confesso que ao contrário do que se pinta, dentro desse caos, e sem romantismos idílicos, há um povo lutador e empreendedor. Povo esse que se levanta às 4 ou 5 da manhã para ir buscar água, despejar os detritos sanitários, comprar mercadoria, andar de kandongueiro ou ir a pé dos musseques até Luanda, para passar o dia a vender para ganhar uns míseros 500Kz (talvez). O esforço deste povo é comparável ao esforço dispendido para construir Seul, só que enquanto em Seul o esforço é canalizado pelos líderes em prol do todo, aqui o esforço alimenta mal e porcamente uma pessoa. Todos sabemos que muitos a remarem para o mesmo lado é melhor que muitos a remarem sem rumo...o barco, mesmo com o apoio divino, dificilmente chegará a bom porto.

Claro, que a população que temos é maioritariamente analfabeta mas, talvez pelas vicissitudes da guerra se tenha tornado em altamente sedenta de saber, desenrascada e empreendedora. (como o caso da foto acima)
São trunfos a utilizar...e que podem muito bem ser valorizados no sentido de se criar um modelo que vá de encontro às capacidades por nós adquiridas. Não temos necessariamente que assimilar o modelo de sul-coreano mas sim, de seguir a sua capacidade criativa de colocar em primeiro a sua nação e o sonho de construírem um país digno dos três POSTAIS de Justino Pinto de Andrade.

"O que a África não disse..." de Basílio Tchindombe

Aproveitei a viagem de avião entre Angola e Portugal para por a leitura em dia, nomeadamente o livro "O que a África não disse..." de Basílio Tchindombe que me foi oferecido por John Bella. O livro escrito com simplicidade artistíca e de forma descomplexada revela o mundo do feitiço. O livro conta a caminhada do Padre Álvaro na sua tarefa de envangelização dos povos indígenas de Angola, e em especial um povo canibal de Caconda. É neste processo de evangelização que lhe é apresentado o mundo do feitiço; e o confronto com esse mundo leva-o a questionar muitas das suas ideias pré-concebidas sobre feitiço, África, sexualidade, confiança e fé... todas estas reflexões vão nos levando cada vez mais fundo na realidade e nas crenças do povo angolano de Caconda. Revela-nos uma cultura onde a mulher não é vista como igual, mas como um ser inferior, que existe para servir e que pode levar o homem à perdição.

No duelo entre a cultura africana e portuguesa, vivido pelo padre Alvaro, salienta-se a necessidade de se por de parte o que se vê sob a luz dos preconceitos para nos deixarmos iluminar pela fé. Só a fé em Deus nos pode guiar para o sucesso...

Um livro que vale a pena ler, especialmente para quem quer conhecer melhor a lógica ancestral do mundo do feitiço!

De referir ainda que o livro foi Premiado com o Prémio António Jacinto 2008!

Parabéns Batchi

Viagens no Kuduru






O Kuduro é um estilo artístico único que condensa dança, música e textos da cultura mangolê num produto integralmente angolano. Desde que se mantenha o quadril firme (ou seja o cú-duro), e se eleve o corpo acrobaticamente ao som da música de forma arritmada e descoordenada quase desafiando a gravidade e a dor física, estamos a falar da dança Kuduro. Um género de dança que parece invocar um transe característico das danças ancestrais dos jovens guerreiros, ao mesmo tempo que bebe nas culturas ocidentais do ghetto americano (break-dance e rap). Primeiro estranha-se e depois entranha-se na invulgar batida tecno com os ritmos tradicionais de Angola, na dignidade da diferença, no improviso, na crónica do quotidiano mangolê…
O seu início prende-se com Tony Amado, que mistura ritmos de semba com o tecno e o house music americano, mas também, sungura, kilapanga e samba nevegando sempre sempre numa coreografia. No seu percurso artístico este Rei do Kuduro, acaba por dividir o trono primeiro com o produtor musical Ruca Van-Dunem e, posteriormente com o entertainer e intérprete Sebem.
Deste triunvirato temos a registar os seguintes discos:
-“Tony Amado e os seus Mutchachus” onde se ressalta os temas “Sinha Xica da Silva”, “Contratador” e o famoso “Jacobino” cantado por Sebem.
Sebem acaba por lançar mais tarde o tema a “Felicidade” cujo refrão “A Felicidade Todos Nós Queremos” correu o mundo, transformando-o num músico ouvido mundialmente; O Coveiro Filipado e tua Boca é esquadra são títulos que se seguem.
Nestes 20 anos o Kuduro percorreu mundos sendo um estilo cada vez mais dinamizado em comunidades emigrantes de angolanos com especial destaque para Portugal e Brasil. Em Portugal há a registar os Buraka Som Sistema com um género de Kuduro mais sofisticado e que conseguiram enraizar no contexto europeu o gosto por este género musical. No Brasil o Kuduro ganhou repercussão pela mão de Dog Murras e Carlinhos Brown.
Hoje em dia o Kuduru já é aceite como símbolo da cultura angolana e embora popularizado primeiramente entre as classes mais desfavorecidas atinge já todas as classes, bem como um público internacional. Recentemente no programa Divas de Angola da TVZimbo a kudurista “Noite e Dia” foi homenageada pelo seu percurso artístico e musical, ajudando assim a colocar o Kuduru num patamar de igualdade com os outros géneros musicais.
O Kuduro por ser um fenómeno cultural, mas também social, que quase sem explicação ultrapassou largamente as fronteiras dos musseques plenos de betão, pobreza e lama, despertou a curiosidade do mundo cinematográfico em filmes como “Kuduro;Há fogo no musseque” de Jorge António, “A Guerra do Kuduro", de Dito e “Luanda, fábrica e musica” de Inês Gonçalves e Kiluanje Liberdade. A curiosidade, criatividade e dinâmica do Kuduro leva a que muitos realizadores/jornalistas façam esta incursão nos musseques de Luanda, verdadeiras “fábricas de música e dança” em busca das suas referências históricas e da sua estética musical e coreográfica.
O seu discurso arritmado e pouco musical permitiu aos kuduristas expor as suas preocupações referentes aos bairros onde viviam e às dificuldades do seu quotidiano diário. Nesta vertente mais musseque-Kuduro destacam-se os famosos Lamba, Noite e Dia, Salsicha, Vaca Louca, Vagabando, Puto Lilas, Puto Prata, entre outros não menos importantes.
Neste percurso e por o Musseque ser uma área pobre de periferia, o Kuduro acaba por estar também associado a textos de reivindicação, textos com calão agressivo, textos com ligações a um mundo da criminalidade entre grupos e bairros rivais. A utilização deste veículo musical para duelos com outros gangs, apresentando letras pesadas, plenas de ameaças e obscenidades, fez com que houvesse por parte da população e entidades públicas uma condenação do Kuduru pela violência e pela ausência de valores éticos traduzidos nas suas letras.
Uma das curiosidades do mundo kuduro prende-se com o facto de muitos destes kuduristas serem os seus próprios produtores; e embora, esta música não fosse habitualmente tocada em rádios oficiais tornou-se conhecida por estar presente na boca e nos rádios do povo. Um dos veículos de dinamização e contaminação do kuduro foram também os célebres kandongueiros e os caldos de fim-de-semana.
Ainda neste contexto pode-se referir que há expressões que ficaram eternizadas:
“tá malaiko”,“vou te bater”, “sele mama”, “tou a vir”, “do melindro”, esta última associada a uma nova coreografia lançada pelo musico Agre G e já assumida como um símbolo da cultura Angola.
Em resumo pode-se referir que o Kuduro é um género artístico numa mescla espontânea entre o ancestral africano e os ritmos ocidentais, emergente num contexto social de musseque de onde retira a inspiração para as suas letras. E é neste percurso espontâneo e natural que o Kuduro se tornou num estilo de música internacional símbolo da criatividade e identidade angolana, em especial, a dos musseques e das periferias urbanas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

as acacias rubras

Luanda é uma cidade caótica, barulhenta, com poeira, e muita gente na rua (noite e dia). Mas mesmo assim luanda me cuia, na sua enorme capacidade de lamber as feridas e procurar um futuro que de certo só tem a beleza das acácias`rubras agora em floração.
O vermelho fogo das flores nas ruas dão à paisagem alguma poesia; é maravilhoso perceber que mesmo no pãntano nascem flores, mesmo no caos prolifera a harmonia.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Bloqueio

A minha escrita anda menos em dia porque o bloqueio tem-se feito sentir. aqueles bloqueios de alma que se reflectem na escrita.
Mesmo assim, senti necessidade de dar pelo menos uma mera palavrita.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O que é a Sida senão o Medo?

Sida é medo
medo de ter sida
medo de se saber
medo de viver
com sida
medo de fazer o teste
medo do parceiro
medo da ligação
medo de intimidade
medo de ser mal falado
medo de...
Oh sida
vil traição
lamento dos amantes
infidilidade conjugal
lamento despedaçante
fome de amar
tesão inibido
tudo porque a sida existe
e o medo a alimenta.
traindo paixões
proibindo a entrega
tu matas a confiança

O que é a Sida senão o Medo?


Sida é medo
medo de ter sida
medo de se saber
medo de viver

Óbitos - Luta contra a Sida

O meu dia correu lentamente numa lânguida melancolia de quem vive passando ao lado da morte na mormalidade do dia-a-dia. E no espaço Baía consegui retirar da mente alguma tristeza na companhia de amigos como o Nguimba Ngola, Ngonguita Diogo e Jorge Bastos. Há mágoas que só a amizade apaga.
No entanto, e porque a vida tem de andar para a frente, reconheço que há muita tristeza neste mundo. Muita mesmo.
Especialmente neste dia de Luta contra a Sida.
É urgente resolver o problema da Sida. É uma doença terrível no sentido em que asfixia as pessoas num sentimento estigmatizante. Uma doença injusta que ataca realmente o que o ser humano tem de melhor: O AMOR. Esta doença é contra o Amor, na medida em que leva a que na intimidade exista desconfiança.
Urge mais do que tudo encontrar vacinas e soluções preventivas de maior eficácia.

Ouvi dizer e bem que é algo associado à promiscuidade. Mas a Sida, hoje em dia, é geral e tirando aqueles que agem de má-fé contaminando propositadamente, não se pode falar em culpados. Ninguém está livre de ser contaminado e de contaminar. De vítima facilmente passas a culpado. Numa roda onde a força deve ser empregue em arranjar solução e não culpados!

E por isso me viro para os líderes de farmacêuticas será que é assim tão impossível uma solução para a cura? Custa a querer que num mundo onde tudo se inventa, ainda não se tenha inventado o milagre para a sida.

Por outro lado, referir que ninguém se deve sentir apto para discriminar alguém; e que a Sida é só mais uma doença, igual a todas as outras, que com o tratamento adequado poderá ter uma boa esperança de vida.

Assim, acima de tudo, protejam-se e não percam a esperança, a vacina pode estar mesmo aí a chegar.