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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O dia em que o Pato Donald decidiu comer a Margarida de João Melo





"Ridendo castigat mores", a rir se castigam os costumes reza em latim a alusão aos autos de Gil Vicente. Castigar costumes e personagens-pessoas, num ambiente literário irónico e mordaz, é a proposta de João Melo no seu livro de contos: "O Dia em que o Pato Donald comeu a Margarida pela primeira vez".

Um título diferente mas adequado aos contos em torno de Patos Donalds que buscam a(s) Margarida(s) a todo o preço! O desejo de "amor", incutido pela Walt Disney desde a mais tenra idade, é substituído pelo desejo de "possuir o amor" a qualquer preço. Há Patos Donalds enganados, "canalhas" e à procura de um grande amor. A Margarida transformada numa Madalena contemporânea, vive ao ritmo dos ataques donáldicos. Ora "cabra", ora "puta", ora "inacessível" é a eterna condenada num mundo onde o homem detentor do poder económico dita as leis e a moral. Num mundo onde tudo é vendável, até a "Noiva de Deus", estranho é a fidelidade post mortem da tia Holy.

Num contexto multicultural e multicolor, de patos revolucionários e contra-revolucionários, reflecte-se o tema das raças, da "cor" e do ser genuinamente angolano. No aprofundar desse assunto o narrador apresenta-nos a tese:"A importância do factor cromático no equilíbrio da literatura e da nação" de um autor angolano ainda à espera de um prémio. "Talvez por não ser branco ou mestiço?"

Num conjunto de contos que parecem desarticuladamente compor um romance sobre a realidade contemporânea angolana, todos perdem...Das cenas chocantes e talvez próximas da realidade, o narrador toma as vezes de Pilatos e lava as mãos de qualquer culpa formada. O autor vê-se obrigado a assumir a narração e relata os tais (des) factos, como por exemplo, os célebres episódios de uma Independência Anunciada.

Em Histórias onde os extremos se tocam, "entre sangues e risos", "ameaças e promessas" ressalva-se a importância de saber:
"Se um pato colocar um ovo na fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, a quem pertence o ovo?".

Ovos à parte, a dúvida permanece: "Quem comeu quem neste romance?"




Um livro que vale a pena ler, pela profundidade e capacidade de remexer visceralmente até o mais pacífico dos Patos Donalds.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Votos para 2011!

Deixo esta mensagem linda de uma amiga, para todos os que lerem:

"Que você permaneça acreditando em você mesmo,

na sua inteligência, coragem

e capacidade para ser um profissional bem sucedido.


Eu lhe desejo,

que o amor e a sabedoria o levem a estabelecer um ambiente familiar
equilibrado, seja na sua relação com os seus filhos, seja nas relações
dos seus filhos com eles mesmos.

Que, com a sua presença madura, paciente e amorosa, eles sintam que são
amados por você e que lhe retornem todo o amor que receberem.


Eu lhe desejo,

que você encontre e estabeleça o equilíbrio afetivo e emocional.

Que você encontre a pessoa que seja a ressonância para uma parceria sustentada nos pilares do amor recíproco.

Que nessa pessoa você encontre motivos e motivação para investir, sem
medo e com vontade, no dia a dia da vida a dois. "Não é bom que o homem
esteja só", pensou Deus.

E criou a mulher, para ser a sua companheira, para que o homem não se
sinta só. Você percebe a profundeza deste pensamento divino?

"Não é bom que o homem esteja só".

É muito mais do que ter uma mulher ao lado.

É criar laços fortes e duradouros com essa mulher. Se assim não for,
ainda que com uma mulher ao seu lado, o homem se sentirá só. Ambos
estarão sós.

A nossa vida, basicamente, transcorre ao longo de duas vias
paralelas: a afetiva e a profissional. Quando a afetividade não vai
bem, todo o restante fica contaminado.

Do alto do sucesso profissional, não há como deixar de vermos a
outra via paralela, a da afetividade, e percebermos os vazios que ali
criamos.

Que gosto tem o sucesso, se a alma estiver vazia de afetos verdadeiros?


Eu lhe desejo, um NOVO ANO pleno de afetos verdadeiros.

E que venha 2011!!!!

BjO!♥
Kah"



Estamos no final de mais um ano! Mais um ciclo que se encerra.
Momentos bons, momentos maus!
O balanço está feito! Com saldo ou sem saldo, novo ano se avizinha!
E não há impossíveis, onde reside a fé, a esperança e o amor!

Onde há Deus não há medo!
E onde Deus reside não há impossíveis...
Muito amor,muita luz e muita arte a todos.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Aldeia de Deus / Tchehunda tcha Nzambi

“Aldeia de Deus”! que na minha língua se chama: “Tchehunda Tcha Nzambi”! A Aldeia de Deus, que desde criança ouvia os mais velhos falarem, é onde vivo desde que morri! Pois é! Morri há muitos anos. Revelar quem fui, não importa! As minhas memórias confundem-se com a época e as tradições do Império Lunda-Tchokwe. Agora, livre neste mundo angelical, revejo-me na crença do espírito que vive para além da morte. Etérea e eterna, conquistei a Tchehunda tcha Nzambi, onde só acedem os mbungue ipema , pessoas de bom coração. Depois de atravessarmos o umbral do lugar divino, renascemos anjos ou deuses. Enfim, estamos na sexta dimensão, apenas acessível aos homens com sexto sentido; neste mundo povoado de anjos, a vigília, ponte entre gerações e mundos, é um “modus vivendi”. Figuras de luz de um ngombo ancestral advinham a linha da vida na noite celestial. Como velas perdidas numa floresta de enganos são sinais que revelam o caminho aos homens.

Uma aldeia remota no firmamento de uma montanha entre Angola e o Congo, onde a neblina serve de portal a quem se acerca. A rotação anti-horária dos ventos desvela o centro da aldeia, límpido e tranquilo. As plantas populadas de folhas e flores brilham intensamente. Os aromas da terra confundem-se com a fragrância das flores. Moro no monte das madressilvas e das glicínias. Pode-se dizer que, no meu jardim, as borboletas e as fadas abundam! Um paraíso na Terra!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Lokua Kanza em entrevista a Lueji Dharma para a Mesa Bicuda


Lokua Kanza aproveitou o mês de Dezembro para visitar Angola e promover o seu novo álbum Nkolo. Na sexta-feira dia 16, encheu o palco da Trienal de Luanda para dar um concerto memorável.

Como artista salienta essa noite como inesquecível, pois, considera que o público angolano está em total sintonia com a sua música. Lokua confessa emotivamente que ao tocar a primeira nota sentiu de imediato uma grande empatia. Toda a gente cantava ou dançava, não havia uma alma por animar relata entusiasmado. Não entendo, este amor incondicional pela minha música.

Talvez esta empatia e amor pela sua música se relacione com o ritmo africano e tradicional do Congo?

Acredito que sim. A verdade, é que apesar de sermos países diferentes a música não tem barreiras, muito menos, quando até temos fronteiras em comum. Sei também, que há povos em Angola onde a música tem algumas similaridades com as do Congo. São a exemplo os povos da cultura tchokwe, entre outros.

Quais as suas influências musicais?

Assim, rapidamente, recordo-me de Miriam Makeba. As minhas referências passam sem dúvida pela música tradicional congolesa e do ruanda que ouvi desde miúdo. Felizmente, cresci numa família onde a música era uma constante no lar.

Os seus pais foram uma referência?

Concerteza e continuam a ser. A minha mãe e o meu pai desde cedo deram-me a conhecer a beleza das melodias e dos cantos africanos. Com eles pude aprender instrumentos musicais, pelo que ao receber a minha primeira guitarra, na adolescência, saltei para as orquestras do Zaire.

E teve alguma formação musical?
Sim, frequentei o Conservatório em Kinshasa onde me familiarizei com a composição, orquestração, canto e vários instrumentos. Acabei por me especializar no piano, no baixo, na sanza, na flauta e na guitarra o que me leva a receber a denominação de multi-instrumentalista.

E como surge a França e, mais concretamente Paris na sua vida?

Paris, representa o fim de um ciclo e a entrada num novo mundo, no ano de 1984. Em Paris a minha capacidade musical é posta à prova ao acompanhar músicos como Pierre Cullaz, Ray Lema, Papa Wemba, Sixun... Fui compositor, escritor de letras, cantor e “multi- instrumentalista”.

O concerto no Olympia foi um sonho tornado realidade?
Sem dúvida. Já lá tinha estado por várias vezes a dar apoio a outros artistas. Mas, só em 1992 consigo realizar um sonho de longa data. O mais engraçado, é que foi no dia 1 de Abril de 1992 e, por isso, quando anunciava aos amigos e conhecidos todos pensavam tratar-se de uma mentira. Mas, mesmo assim, consegui ter o Olympia repleto de amantes da minha música. Foi um grande concerto e um momento de viragem na minha vida. No final de 1992 lançava o meu primeiro álbum: Lokua Kanza.

Como foi recebido esse seu primeiro filho?

Muito bem recebido! Acabei por receber o prémio de Melhor Álbum Africano durante os Prémios Musicais Africanos.

Vê-se a viver sem ser músico?


Antes de tudo, sou um músico. Quando não estou a compor ou a tocar, estou a ouvir música. Posso considerar-me viciado em música, e não concebo a vida sem ela. A música não é uma opção mas uma necessidade/benção constante.

Nkolo. A que se deve o título deste seu novo álbum?
Nkolo, significa Deus. E este nome pretende, antes de tudo, ser um agradecimento pelas bençãos da minha vida. Considero-me um homem abençoado.


E Angola?

Angola é um país maravilhoso onde a música está presente em todos os cantos. Desde cedo a criança já não consegue resistir a balançar o corpo perante um ritmo musical. E ao constatar o amor demonstrado à música que componho quero regressar muito brevemente.

Lê nos seus tempos livres?
Quando tenho tempo, gosto de ler livros de poesia, filosofia ou reveladores do espírito humano. Em resumo, aprecio livros onde a imaginação dá asas para outros mundos.

Qual o seu maior sonho?
O meu sonho é algo de muito simples mas de elevado simbolismo para mim. Como filho primogénito, pretendo continuar a usar o meu sucesso musical para ser o patrono dos sonhos dos meus familiares. É com enorme prazer que apoio os meus familiares e os vejo crescer.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

para ser feliz

Uma das piores coisas do mundo, pior até que "dor de dente", é conviver com alguém que se cansou de viver, que vê a vida de maneira distorcida e negativa, em virtude das marcas que o passado lhe acrescentou... Quem fica com os olhos fixados no passado se torna incapaz de ver o presente. E quem não o vê está morto. Não existe maior expressão de morte para alguém do que deixar de enxergar o mundo e o presente, como se fosse a primeira vez...


Que as dores – que vivemos – não nos roubem o olhar de esperança diante de cada situação.
Nosso presente é o presente que Deus nos entrega, e cabe a nós, com o auxílio e a graça d'Ele, reconstruir, no hoje, as belas e originais ilustrações e formas de nossa história.


Fomos criados para a felicidade, independentemente do nosso passado e das dores que vivenciamos. Ser feliz não é viver sem sofrimentos, mas é saber crescer com estes, não permitindo que eles nos aprisionem.


Não existe realização sem luta e desafio. Quem luta por sua felicidade já a alcançou, é apenas uma questão de tempo. É possível ser feliz no hoje. A felicidade é sempre uma real possibilidade, depende apenas da forma como enxergamos a vida.
Nunca desista de lutar pela vida e por seus sonhos, saiba que você é muito mais do que seu passado e suas escolhas erradas. Creia que hoje, agora, é o momento ideal para ser feliz!


Adriano Zandoná
(Seminarista e Missionário da Comunidade Canção Nova)

sábado, 27 de novembro de 2010

3 de Dezembro Ilusionismo na Mesa Bicuda

A ilusão e a magia na Mesa Bicuda com o mágico Joffre



A arte do ilusionismo desperta nas crianças e adultos a crença em poderes sobrenaturais. Ver um homem fazer desaparecer algo para voltar a fazer aparecer transforma em breves segundos o ilusionista num super-homem.

E até o mais racional dos homens, perante uma ilusão, vê despertada a curiosidade de descobrir o truque.

Na próxima Quinta-feira teremos o prazer de descobrir mais sobre esta arte com a presença de um mágico na Mesa Bicuda.

Lueji Dharma
Movimento Lev'Arte

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sábio na Mesa Bicuda - 25 de Novembro de 2010

O Sábio encantou o público que teve o prazer de ver desvendado o poeta por detrás dos poemas. Numa desarticulação do Ser, confirmou a negação do ego, em detrimento de um homem que busca acima de tudo a evolução espiritual. Experiência a experiência, mot a mot, o poeta revela-se em profecias que pintam nas telas do presente, o futuro que se almeja. Um futuro assente em princípios que se defendem num vai-vém frenético, sobre o palco, onde o microfone serve de altifalante. Um vai-vém frenético que acompanha o grito da alma que clama o nascimento desse novo mundo. E como qualquer parto, a dor contorce-se em espasmos que se sabe terem fim à vista. Após a tormenta, a alegria viverá.

No final, os princípios de Sábio resumem-se aos do filósofo português Àlvaro Ribeiro:"cultura da fraternidade universal e o culto prestado a Nosso Pai".
Humilde e a tentar vencer o ego que o persegue, verbaliza um pensamento íntimo: "Não invento nada apenas tento seguir a máxima de Cristo: amar o próximo como a mim mesmo". E deixa-se guiar por um cristianismo iluminado por horas de meditação. Sábio reconhece na dor e na aflição desafios para vencer o egocentrismo que vê no centro do mal.
E como quem foge de si mesmo, refugia-se na meditação para imaginar mundos que ponham fim à fealdade que ofusca a beleza que descreve em poemas.
O amor à Arte e ao próximo levam-no a vencer o isolamento para enfrentar os palcos luandenses, desfilando palavras ritmadas pelo cantar da alma tantas vezes incompreendido. É com tristeza que diz "do mesmo modo que me aplaudem também me atiram pedras. O que tento fazer é juntar as duas partes e crescer; porém, a tendência é cair na auto-censura". Uma auto-censura que se impõe no limite do que pode ser ofensivo para outro ser. É nesse sentido que evita incorrer na banalização, na vulgarização da palavra e no discurso retórico.

Embora reconheça na capacidade de "poetizar" um dom, sente que tudo seria mais fácil se todos pudessem partilhar das mesmas inspirações e visões. É neste sentido que questiona: "Porquê que não somos todos poetas?"

Este paradigma permanece insolúvel na sua mente, e mesmo perante uma biblioteca recheada de livros de poetas que teve o prazer de ler não consegue encontrar resposta. Na biblioteca que recebeu de herança paternal pôde ler Fernando Pessoa, Viriato Neto, Agostinho Neto, António Jacinto, Camões... e embora de forma natural começasse a escrever poemas aos 11 anos, entende que a sua evolução como homem das artes reside nessas horas de leitura que partilhou com esses autores.

Perante a questão de como define a poesia, Sábio não hesitou em descrevê-la como "uma expressão do sentimento em estado de oração".

E como quem pretende embalsamar a dor no mundo grita no vai-vém frenético de animal de palco: Vai passar... vai passar a dor, a fome, a falta de sexo...

"Vai passar", "Vai mudar" soam a canções de embalar ao comum dos mortais que tenta todos os dias manter a fé num futuro melhor. E Sábio a fugir a esta moralidade mundana remete-se a responsabilidade de viver a liberdade poética em mundos da vanguarda profética.

"Vai passar, vai mudar" ... porque é assim que Sábio antevê o futuro no presente.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O caminho certo




O caminho certo

A vida é feita de opções, é mais que certo e sabido. Mas saber qual a opção certa e se existe, torna-se uma discussão filosófica interminável. Várias correntes assentes em princípios divergentes apresentam teorias aparentemente lógicas. Mas certeza certa? Depende da fé de cada um.

1ª teoria - O caminho mais difícil leva à felicidade. Temos que ser felizes perante os obstáculos. Siga o seu coração!

2ª teoria - O homem nasceu para ser feliz. Escolha sempre o caminho da facilidade não complique. É nesses momentos de extrema felicidade que você vai encontrar forças para vencer os obstáculos que surgem sempre.

3ª teoria - O homem está na terra para ir vivendo; tem pouca responsabilidade pelo que lhe acontece na vida apenas tem de com os recursos que se lhe apresentam fazer o melhor.


A minha teoria assente em experiência é que nada é certo no global. Pode ser certo num dado momento e para um grupo de pessoas ou apenas para uma. No fundo e como já defendia Einstein tudo é relativo! Até a dor! E é nessa relatividade que temos de enfrentar todos os momentos ajustando-nos a cada realidade. Claro que numa sucessão de realidades, vivências, sucessos e obstáculos tem de haver um fio condutor. E esse fio condutor é nada menos que a nossa história, o nosso EU! Assim, a ideia é fazer da nossa vida a história que queremos contar! E de nós mesmos o herói que queremos ser!

"Lugar aos Novos" - Concurso para contos angolanos


MESA BICUDA A APOIAR A LITERATURA ANGOLANA E A DAR LUGAR AOS NOVOS



REGULAMENTO DO CONCURSO LITERÁRIO «LUGAR AOS NOVOS»


Instituição

A editora angolana Edilivro – Editores e Livreiros promove, a partir de Novembro de 2010, o Concurso Literário «Lugar aos Novos».

Objectivos

Este concurso tem como finalidades desenvolver a habilidade de escrita criativa e divulgar novos trabalhos literários de qualidade em Angola.

Destinatários

O concurso destina-se a todos os interessados cuja idade não exceda os 35 anos de idade.

Modalidade

1. É admitida a concurso a produção literária pertencente à modalidade conto.
2. O conto deve ser inédito, escrito em português, apresentados em formato Word, tendo um número não superior a 30.000 caracteres com espaços.
3. A cada concorrente só é permitida a entrega de um trabalho.

Apresentação de Candidaturas

1. Os trabalhos devem ser assinados com nome próprio ou pseudónimo e enviados até 31 de Janeiro, acompanhados de uma pequena biografia, para os seguintes endereços: jcerejeira@edilivro.co.ao e gildoseca@hotmail.com.

Júri

As obras serão avaliadas por um painel de 5 jurados habilitados.

Divulgação dos resultados

1. Os resultados serão divulgados a 30 de Abril de 2011. As obras seleccionadas serão publicadas numa colectânea de contos, a ser editada pela Edilivro.


Luanda, 22 de Novembro de 2010

O Director Executivo,

Jorge Cerejeira

sábado, 20 de novembro de 2010

Mundo Maravilhoso - Louis Armstrong

Que Mundo Maravilhoso
Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer para mim e você
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?"
Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Novo livro: A Dama do Véu!

O Nome do Bar
Ela estava furiosa com esse tal de Balthazar. Mandaram-na investigar um crime e a testemunha principal desconhecia o nome do bar onde passava as noites há pelo menos dois anos. Que raio de homem era aquele?! Ainda por cima pedia-lhe que o chamasse de Balthazar sem que esse fosse o seu nome verdadeiro. Porra para estes gajos! E quem era a gaja que jazia morta no chão frio daquele bar completamente gorduroso e baço? Ainda não tinha tido vontade de levantar o lençol que tapava o corpo. Evitava tocar nos objectos que ali se encontravam pois pressentia que se colaria a ela uma massa viscosa resultante da mistura de fumo, gordura de fritos, hálito alcoólico e suor de corpos extenuados em dias de trabalho árduo!
- Mas como se chama este bar afinal? – virou-se ela para o suposto dono do bar que encolhia os ombros. Balthazar olhava incrédulo para o barman : também ele não sabia? – questionava-se.
- Heineken? – rematou Balthazar para quebrar o silêncio incómodo que aquela situação causava.
-Não creio! – retorquiu a inspectora, enquanto fazia soar os saltos das botas de cano alto sobre o pavimento em direcção à rua. A porta de madeira ao estilo dos ranchos americanos rangeu ruidosamente enquanto ela saía em direcção à calçada de basalto e calcário que compunha a rua da Baixa Pombalina. Conseguiam ouvir o toc toc dos saltos sobre a calçada enquanto ela dizia qualquer coisa a alguém. Parecia estar ao telefone.
- Bem que me apetecia ficar em casa hoje. Mas algo me disse para vir ver o jogo do Benfica neste bar. Ao qual chamo o Bar! – suspirou Balthazar esgotado daquela situação.
-Eu também sempre o chamo de Bar… aliás toda a gente o chama de Bar! – disse o barman a encolher os ombros. Os restantes clientes também anuíram perante aquele desabafo.
-Agora queremos ir para casa… mas parece que a noite vai ser longa. Esta maluca parece que quer passar aqui a noite… ainda não viu o corpo e apenas está preocupada com o nome do bar - retorquiu o cliente motoqueiro que era presença assídua daquele bar.
-Do nome do bar até o nome da vítima, podemos passar aqui noites – riu-se Balthazar sem encontrar reciprocidade nos outros hóspedes à força daquele bar.
-Eu penso que tu é que deves ficar; és a testemunha principal. Foste tu que encontraste o corpo. Nós apenas poderíamos deixar os nomes, e ser chamados em função do teu depoimento. – disse o motoqueiro de forma expedita.
-Concordo - disse a única cliente do bar, para espanto de Balthazar que se via preso a um corpo que tivera o azar de encontrar e conhecer numa noite. Apaixonara-se pela sua inocência, mas nada o fazia prever esta morte. Uma morte que tinha os requintes de homicídio.
-Não é bem assim! A verdade é que todos somos suspeitos deste crime. E talvez, eu seja o menos suspeito – contornou Balthazar a estratégia dos outros. Eu só conheci esta rapariga neste bar. E vocês?
-Eu também! – responderam em coro irritados.
-Eu nem a vi morta ou viva. Só sei que está aqui um corpo neste espaço e mais nada – confirmou a cliente derramando as últimas gotas do copo de gin tónico na boca. Será que ainda podes servir outro? – questionou ela ao barman.
-Nem sei! Terei de perguntar à inspectora que parece que não larga o telefone!
Calaram-se quando ouviram a porta a ranger, e os saltos baterem sobre o pavimento.
-Heineken é o nome da publicidade lá fora. Mas é o nome de uma cerveja e não do bar.
-Claro, claro – anuiu Balthazar a perceber a razão da sua confusão.
-Este bar está registado com o nome de a “Dama do véu” e o logótipo é a imagem de uma mulher com um véu a cobrir a face. Tive a observar e ainda se vê embora muito encoberta pela sujidade esse logótipo. Um véu cor-de-rosa que cobre a boca, o nariz e o cabelo. Apenas fica a descoberto os olhos azuis.
Balthazar caíu sobre a cadeira. A mulher que encontrara no chão da casa de banho tinha enrolado na face um véu cor-de-rosa. Na altura julgou que ela morrera sufocada… apenas isso. Um desmaio que a sufocara. Agora começava a sentir que poderia estar mesmo diante de um homicídio. E outra coincidência assentava na cor azul dos olhos da rapariga. Lembrava-se perfeitamente daquele olhar azul cuja cor ficava mais intensa com o corar da sua face. Sentia-se desfalecer num turbilhão de sentimentos. Afinal o que se estava a passar?
-Em que pensa? – cortou a inspectora friamente o pensamento de Balthazasar.
-A rapariga tinha um véu cor-de-rosa na face quando a encontrei.
A sala libertou uma exclamação seguida por um silêncio tumular cortado por leves arrepios. Um véu cor-de-rosa, uma mulher, a Dama do Véu! O nome do bar…
- Aconselho a que se mantenham calmamente nos vossos lugares. Vou averiguar novamente a cena do crime e já venho fazer as minhas perguntas… e tentar despachar-vos. Sei que querem todos ir para casa e eu não vos quero prender cá. Ela sabia que tinha de ter aquelas pessoas do seu lado para que o caso fosse resolvido de forma rápida. Teria que conquistar a maior parte deles e fazê-los falar o que ela precisava de ouvir. De preferência sem que eles se dessem conta que ela precisava do seu apoio. Tinha que os deixar à vontade para virem ter com ela e desabafarem. Ela só precisava estar atenta às verdadeiras intenções por detrás de cada confissão.
-Posso pedir ao barman outro gin tónico?
-E eu outra cerveja?
Antes de responder dirigiu-se ao bar e retirou a sua PDA com a qual registou fotograficamente todo o bar pela segunda vez. Tentou apanhar panorâmicas que mais tarde sabia poder juntar de forma a recriarem todo o espaço. Esse fazedor de espaços tratava-se de um programa informático que a esquadra havia adquirido. Aquele programa permitia recriar a sala numa estrutura tridimensional. O bar era refeito à imagem e semelhança daquele momento. Mas havia algo que o comum dos mortais desconhecia existir naquela máquina. Aquela máquina conseguia sentir intenções e a alma dos intervenientes. A máquina baseava-se na lei de que tudo no mundo é energia… e essa energia é quantificável e capaz de ser lida. Um processo complicado mas que permite recriar um mundo onde as consciências também são lidas.
-Pode sim, mas sem movimentar muitos objectos. Apenas o necessário - disse ela, sorrindo e conferindo uma palmada no ombro do barman. - Não tarda nada e estamos todos nas nossas caminhas.
A sala suspirou perante aquele súbito acesso de humanidade da inspectora. Quando ela entrou parecia estar prestes a mandar entrar uma matilha de cães para os comer e agora sem se saber porquê parecia estar imensamente preocupada com todos os intervenientes.
Ouviram-na afastar-se ao ritmo de flashs que saíam daquela espécie de telemóvel altamente tecnológico. Parecia uma simples folha de papel branco que tinha as funções que ela magicava na sua mente. Tinha um ar altamente vanguardista e ao mesmo tempo a simplicidade de uma folha de papel onde tudo pode ser criado e recriado.
- A dama do véu! – Entoou a cliente enquanto fazia deslizar o gin tónico na garganta seca.
-Tu que a conheceste ela disse como se chamava? - perguntou o motoqueiro ainda a sentir o peso da rejeição dessa dama do véu no corpo. Ele tinha a visto entrar e oferecera-se para lhe pagar um copo. Mas ela nem se dera ao trabalho de responder e sentara-se ao lado de Balthazar.
-Não disse o nome – respondeu prontamente Balthazar enquanto matava a sede numa garrafa de água gelada. O corpo todo tomava a forma do medo. Toda aquela situação retirava-o da sua órbita mundana. E sem saber bem porquê pressentia que ele seria o culpado de todo aquele crime. Conseguia ver-se a ser acusado de homicídio. Revia vezes sem conta os momentos anteriores à ida ao quarto de banho. E não conseguia ver outro culpado que não fosse ele. Não entrou e não saiu ninguém do bar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dia 18 de Novembro - O Pensamento Filosófico e a Escola na Mesa Bicuda

A Mesa Bicuda num diálogo com escritor e jornalista Costa Bruno abordou o sentido da Escola na Literatura. A Escola foi definida segundo o seu significado etimológico que relaciona "escola" com "escol", afastando o conceito do entendimento mais corrente segundo o qual a Escola é o lugar físico. Perante a ideia exposta a transmissão do saber realiza-se pessoa a pessoa, ou se quisermos, na relação entre mestre e discípulo.É neste relacionamento que se desenvolve a liberdade de aprender e a liberdade de ensinar.Para Costa Bruno esta forma de transmissão de conhecimento é o arquétipo da relação entre professor e aluno. Neste contexto, referiu o paralelismo deste arquétipo com o da transmissão do conhecimento na cultura tradicional angolana.
Salientou, ainda, o desafio que se põe ao modelo universitário na integração e defesa dos valores e princípios da sabedoria tradicional.

Costa Bruno deu ainda o testemunho da sua iniciação literária na Escola da Filosofia Portuguesa onde foram criados valores como Agostinho da Silva, António Quadros entre outros. Sublinhou a importância dos princípios da Filosofia Clássica (Verdade, Bem e Beleza)e das virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade) para o pensamento filosófico. Basta que um homem pense para que o mundo seja salvo afirmou viajando da teoria para a prática.

Referindo-se à importância das tertúlias para a literatura, poesia e filosofia defendeu que a oralidade é o que melhor transmite a tradição que dá significado às palavras. Neste sentido, focou a questão do autodidatismo. Sem negar que o espírito toca em quem procura há determinados graus do pensamento que são mais facilmente acessíveis ou compreendidos pela tradição oral.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sebastião Eduardo - pintura africana




O pintor Sebastião Eduardo constitui um fiel representante da arte africana no mundo actual. A par das técnicas modernas os seus quadros bebem da riqueza, simbolismo e significado da ancestralidade histórica de África.
As suas pinturas recuperam no mundo ocidental a inestimável estética e a sabedoria do imaginário desse continente outrora Berço da Humanidade.
As formas aparentemente abstractas permitem reconhecer paisagens humanas e naturais enquadradas por elementos culturais e artísticos de elevado simbolismo nos rituais africanos.
No quadro SD064 , sob o olhar da lua e por entre árvores dois guerreiros dançam, denunciando nesta narrativa desenhada um arquétipo presente no inconsciente colectivo da mitologia africana.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nga-Vutuka na Mesa Bicuda: os jovens escritores

Mais uma Mesa Bicuda decorreu no dia 11 de Novembro de 2010, desta vez, dedicada à literatura feita por jovens e à literatura feita para jovens (literatura infanto-juvenil).
No decorrer da entrevista a Nga-Vutuka, um jovem escritor, constatou-se a diferença entre literatura e literatura infanto-juvenil. O entrevistado considera que na literatura infanto-juvenil deverá acima de tudo privilegiar a imaginação de forma a promover a criatividade dos jovens. O conhecimento de novos arquétipos permite aos jovens a melhor compreensão do mundo.
Por outro lado, o escritor salienta que actualmente a escrita dos jovens, embora criativa e original, é muito criticada por escritores consagrados que referem a falta de qualidade das obras. Reconhece também a necessidade da tradição tertuliar da literatura. Neste sentido, destaca o papel do Jorge Macedo na iniciação das novas gerações num ideal literário. Por exemplo, a disciplina e a exigência de trabalho na tertúlia passava por apresentação de textos sugeridos por Jorge Macedo aos seus discípulos semanalmente. A leitura e análise em conjunto despertavam vocação artística e aumentavam a qualidade gramatical, semântica e estilística.
Quanto à situação cultural da literatura angolana feita por jovens parafraseou Jorge Macedo que numa entrevista afirma o seguinte: “a literatura angolana está numa transição perigosa”. A citação serviu a Nga-Vutuka para assinalar a decadência da tradição artística desde os finais dos anos 70 até à actualidade, em parte pela ausência de escola.
À falta de tradição artística, os jovens limitam a sua imaginação às realidades mais imediatas, entre as quais, a oralidade de cariz histórica e social. A ausência de hábitos de leitura, a falta de bibliotecas e de livros foram algumas das causas apontadas pelo escritor para a decadência da literatura. Não obstante as dificuldades Nga-Vutuka reconhece nas novas gerações potencialidades artísticas na literatura.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sixckim na Mesa Bicuda

O dia correu movimentado como sempre! Luanda não fugiu ao caótico trânsito que a caracteriza. E numa viagem a passo de caracol da Marginal até à Vila Alice lá conseguimos chegar atrasados e cansados do desavanço constante.

E ao entrar no bar que marca as noites onde a poesia é rainha vislumbra-se já o conjunto de fiés seguidores da arte levarteana. são poucos e muitos, grandes nos actos e fiéis à poesia que se quer rainha.

Numa das mesas contemplando o cenário de cadeiras que se arrumam para formar uma plateia do palco da arte encontra-se o artista humildemente disfarçado de intelectual. Alguém que sem preencher requisitos de imagem assentes nas ideias preconcebidas decide ser tudo ao invés de uma única coisa. O homem que busca o impossível na possibilidade e perante possíveis indiscrições continua lentamente marcando o passo revolucionário da intelectualidade. Intelectualidade assente em premissas de humanidade e da busca do sublime contentamento do todo.

Na sua mão e quase transparente vê-se o Incolor que se quer para todos. Um incolor que nega a separação de cores e aglomera o todo na Mwangolê da tolerância iluminada.

E é com a simplicidade que se caracterizam os sábios e elevados de espírito que sixckim partilha connosco o seu mais recente trabalho discográfico.

E no diálogo livre que caracteria as Mesas Bicudas do Movimento Lev'arte Sixckim explicou a origem do seu nome; uma homenagem a várias pessoas que passaram pela sua vida marcando-a de forma incontornável: SIX de Solange, Igor, Xavier; Kim é uma abreviatura de Joaquim o nome de registo.

Joaquim ou Sixckim manifestou na Mesa o seu grande amor pela arte e pela humanidade que se reflecte na sua adesão ao Movimento Hare Krishna que defende valores com que se identifica, nomeadamente o altruismo e o amor ao próximo.

O amor ao próximo manifestou-o na oferta carinhosa dos seus cds aos humildes fazedores da arte que estavam na plateia. Sixckim afirmou que a arte é desde já vencedora pelo amor que transporta e encerra.

É esse amor que sente que o faz continuar a batalhar e concliar as exigências do mundo profissional com as do mundo artístico.

Reconhece que embora sempre tenha tentado manter os dois mundos à parte, o sucesso deste álbum tem tornado impossível essa separação. Muitos colegas, actualmente, já o identificam como um artista.

Por outro lado, uma das maiores supresas para Sixckim prende-se com os constantes telefonemas que recebe para lhe pedirem CDs. Para os menos informados Six informa que os seus CDS estão disponíveis em quase todas as lojas de Luanda.

Para um artista cujo sonho prende-se com a evolução da humanidade para um ambiente de amor e harmonia, acreditamos termos ajudado com um pequeno passo nesta quinta-feira levarteana.

De notar, que para além da oferta dos CDS o Sixckim acompanhado pelo Wilmar cantou e encantou o Kings Klub com o tema Mwangolê.

Pequenas acções, grandes resultados

Um texto muito inteligente que me enviaram:



"Toda pessoa às vezes sente-se triste, de mau humor, deixa-se dominar pela ira e fica remoendo rancores.
Afinal, são reações inevitáveis diante de tantas frustrações ao longo da existência

Porém esses sentimentos não devem persistir por muito tempo, pois comprometem a capacidade de sentir prazer e de dar respostas adequadas às mais diversas situações. É necessário mudar o disco e reverter o quadro, para evitar que esses sentimentos se instalem de forma permanente.
Algumas medidas simples podem ajudar nessas situações:
1- Afastar-se dos chatos. Quem está numa fase vulnerável deve passar longe dos fofoqueiros, dos que vivem reclamando e de quem adora julgar os outros. Já as pessoas de alto astral atuam como renovadoras de energia.

2- Permanecer aqui e agora. O futuro é um projeto e o passado já se foi. O momento presente é tudo o que temos e deve ser o principal foco da vida. Se a nossa energia estiver focada em outro tempo, há grande possibilidade de perdermos as chances que se apresentam.

3- Desconfiar dos próprios dramas. Não se leve tão a sério. Às vezes, rir de si mesmo é o melhor remédio. As dificuldades são encaradas sob uma nova perspectiva quando existe bom humor.

4- Limpar a área. Não varra a sujeira para baixo do tapete. Engolir a raiva e as mágoas é pior, pois um dia elas acabam reaparecendo, numa forma e num momento impróprios. O melhor é não deixar as divergências se acumularem, esclarecendo os fatos para que as tensões desapareçam. Um diálogo franco e tranqüilo pode ser um ótimo remédio.

5- Redigir cartas. Escreva suas mensagens de mágoa, indignação ou cobrança – o que seja -, mas não as envie. Guarde-as por alguns dias e depois as releia e decida se o destinatário merece ou não recebê-las. Isso ajuda a discernir se o problema é seu ou do outro, e pode poupá-lo de cometer injustiças e aumentar desavenças.

6- Dar um tempo. Se o trabalho ou alguém está deixando você aborrecido, saia de cena. Siga sua rotina, porém não se exponha. Assim você terá um tempo para entender suas emoções e se reestruturar para lidar melhor com a situação.

7- Cantar. Não importa onde – em grupo, sozinho ou debaixo do chuveiro. Cantar ajuda a liberar emoções, além de ser um ótimo exercício respiratório e de relaxamento da musculatura corporal e da mandíbula.

8- Fazer coisas prazerosas. Realizar atividades que dão prazer apenas durante as férias ou feriados não contribui muito para uma vida feliz. É importante realizar diariamente coisas simples que dêem prazer, de preferência em benefício próprio.

9- Fazer exercícios. Escolher uma modalidade de exercícios, como dançar, nadar, correr ou caminhar. É bom lembrar que só fazemos por muito tempo aquilo que nos dá prazer. Os exercícios, praticados regularmente, estimulam a produção de endorfina, substância responsável pela sensação de bem-estar e por outros benefícios para o corpo.

10- Permitir-se mimos. Uma sessão de cinema só com as amigas, um café num lugar agradável, um domingo em que você acorda bem mais tarde, uma sessão de massagem relaxante. O importante é que esses mimos tenham o efeito de dar satisfação.

Todas essas medidas podem melhorar o ânimo e a disposição para enfrentar as situações do dia-a-dia com mais humor e prazer. Cada pessoa poderá adotar muitas outras medidas. Para isso é necessário descobrir o que provoca a sensação de reduzir o estresse. É preciso utilizar todas as ferramentas disponíveis para viver melhor com os outros e consigo mesmo."

http://pt.netlog.com/souza_lucyenneh/blog/blogid=2023679

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Projecto Magnólia avalia Aldeia de Deus de Lueji Dharma

Lueji Dharma
Aldeia de Deus / Tchehunda tcha Nzambi

A Autora interpretou muito bem o desafio lançado, e efectivamente, o texto da Aldeia de Deus adequa-se ao objectivos pretendidos. Uma maior riqueza seria alcançada/criada, através da extensão simbólica à ligação da humanidade com África.
O desafio é cabalmente respondido, quer através da contextualização espaço-temporal (por ex. Do povo Lunda-Tchokwe), quer através da “saga” de Lueji.
A história de Lueji é uma história rica, repleta de símbolo e significado, que muito traria ao público em geral, toldado pelo desconhecimento, e particularmente aos públicos cuja historia ancestral seja ligada a África: tanto aos de origem africana como aos de origem europeia que de lá partiram nesta ou noutra anterior geração. Lueji pode “reparar” o(s) vazio(s) e preparar caminho(s) de futuro(s).

Contudo, o momento para levar a cabo uma encenação d’ Aldeia de Deus não é o mais indicado. Tanto pelo momento em que este primeiro desafio foi lançado como pelos requisitos que a coerência da narrativa apresentariam.

No entanto, é do meu entender que Lueji é de um valor inestimável, e que tem que no futuro ser mensageira da insatisfação, da busca por sabedoria, pelo conhecimento.
A bem deste.

Muito obrigado pela resposta, e teria imenso prazer se o assunto pudesse voltar a ser abordado no decorrer de 2011.

Júri do Projecto Magnólia

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ascensão


Ascensão


a janela transparente
perdeu o simbolismo de barreira
entro e saio, saio e entro
sem qualquer fronteira
é o paraíso verdejante
há muito prometido
árvores liliáceas
com flores suculentas
que adocicam o mel da existência
prometendo esperança
cumprindo promessas
manifestando ideais mágicos
de magias vastas
do querer e saber ousar
do medo não temer
e da fé sofrer
caminhos de experiência
sem a nefasta sonolência
do império corruptível
são mãos que se erguem
em liberdades extremas
de quem comunica movimento
à atmosfera real
agitando estados de libertação
no dedilhar de cordas vocais
do faça-se agora
uma país de ascensão
que alegre a felicidade
enterneça a compaixão
e alimente a esperança
dos que reprimem aís
dos que engolem soluços
em espasmos de dor
e no arfar do silêncio
da fome mortal
elevam o corpo ferido
de exclusão
buscando o consolo do pão
são mundos ricos e pobres
que se perdem num
um único mundo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ventos de mudança

Aproxima-se a brisa
que traz o vendaval
no ar paira o cheiro
da carne apodrecida
de tanto
branquear ao sol
de tanto
roubar a luz
de tanto
drogar a esperança
são ventos de mudança
que sinto lá fora
ventos quentes
ventos frios
vindo do oeste
e do este
são brisas que se contorcem
em turbilhões de vendavais
é o mar que investe em ondas
é a chuva que cai
no mar das ilusões
levando para bem longe
esse mundo de desilusões
é o vendaval que espero
cá fora
é o vendaval
que aguarda silenciosamente
o fervilhar da madrugada

A Requalificação urbana e paisagística de Luanda

Quem vive em Luanda tem se apercebido do grande investimento que o Estado tem feito para requalificar a cidade de Luanda. Hoje ao circularmos por Luanda verificamos que bairros inteiros sofreram obras profundas de requalificação.

Esgostos a céu aberto foram eliminados

Muito do tecido edificado em Luanda padecia de um rede de esgotos funcional, havendo por isso nas ruas áreas com esgotos a céu aberto. Actualmente já não é possível encontrar na área do Primeiro de Maio ou do Cassenda as famosas lagoas onde carros e pessoas avançavam.

"Requalificação de espaços verdes"

É possível vislumbrar ao longo de eixos viários áreas totalmente ajardinadas com iluminação urbana adequada. De salientar o espaço verde junto à Clínica da Sonangol entre outros.

"Requalificação das fachadas"

As fachadas sofreram uma mudança drástica com a pintura que pretendeu buscar as cores da Luanda antiga. Um processo de intervenção rápido que devolveu dignidade às ruas de uma cidade que tem tudo para ser um Dubai.


Por isso, há que salientar e elogiar o bom trabalho que concerteza trará qualidade de vida aos cidadãos desta cidade um tanto ou quanto maltratada pelo tempo.

sábado, 2 de outubro de 2010

7 de Outubro - Mesa Bicuda com Kate Kama



Não falte!
Kings Klub 250kz


Mais informações:
http://cangue.blogspot.com/2008/12/siamesa-da-kate-hama.html


" A siamesa: aparição, de Kate Hama? – perguntar-se-á. Não posso não responder, senão dizendo que é justa e precisamente desta cosmogonia e da cultura que ela encerra que parte e se constrói esta obra, ela mesma e a seu modo uma cosmogonia – ou, se se preferir, uma lenda fundadora sobre almas penadas, com suas almas e espíritos em trânsito entre o humano e a desencarnação, pelos universos do maravilhoso e do fantástico de que se alimentam as oraturas tradicionais angolanas. E isto, tanto ou mais que só uma obra do género literário da ficção científica.

*
* *

Dá-nos o autor como espaços onde decorre a narrativa, para além de Galáxias, como as do Além e dos Ares Quentes, por exemplo, a Cidade das Ruelas Estreitas (ou Apertadas), a Cidade de Solos Húmidos, os Condados do Labirinto, com o seu Salão Nobre, os Salões Amarelos da Constelação Unipolar, e a Esfera Rolante como se fosse o seu Cosmos.

Kapilas e Uvalas são os seres seus habitantes, muito embora entre si, por penetração sexual, à semelhança dos humanos, geneticamente se cruzassem e reproduzissem. Como seus líderes supremos, o Primeiro entre Pares e o Primeiro entre Ímpares.

“Lorde Kapito, o senhor do Labirinto” (título, aliás, do Capítulo V, e personagem que no capítulo anterior é dado como “O terror das imaginações”), “era um dedicado e extremoso anfitrião”, e um romântico. Acomodando “com brilho e riqueza em conforto os seus visitantes ou convidados.”, “Não acreditava que as guerras iluminavam a mente.”, pois

A paz, assim como a guerra, são dons universais que inúmeras vezes tiveram de ser exigidos da humanidade.

Os que se guerreiam, a uma dada altura sentem a necessidade da paz, para voltar a animar os valores mais usualmente humanos.

De certo modo, a paz mal amanhada e aconselhada é a guerra incubada. Para as zonas da Esfera Rolante que procurassem a paz e a calmaria, o Lorde tinha postado as Legiões dos Intriguistas, dos Conspiradores, Fazedores de Insatisfeitos, Promotores da Estupidez perante a Riqueza, e, finalmente, Corruptores. Um rol de gabinetes funcionais e activos em full-time, na defesa da existência da estrutura da Torre e dos seus superiores da Galáxia dos Ares Quentes.

Lêem-se estas palavras de exorcismo e de esconjuro da guerra e da morte que dela inevitavelmente advém, a páginas 45, cujos funcionários

Preocupavam-se com o dia a dia de certo número de escolhidos da Torre para lhes transmitirem, durante as festas, as orgias e os passeios nas localidades de Lorde Kapito, os fundamentos de uma vida saudável entre a intriga, a inépcia, a incompreensão, a desonra, a utilização daqueles que não eram adeptos dos ensinamentos do Lorde e daqueles que se uniram aos kapilas.

A vida durava pouco…

E mais adiante, diz o autor, volvendo a um plano já não tão próximo do humano, que “O valor da vida é pleno, quando a alma se confunde com os nossos dons, os espirituais e os naturais.”

Como anfitrião dos humanos, que antecipadamente se libertavam das suas “carcaças” para o encontro, o Lorde, depois de um “firme aperto de mão”, abraçava fortemente a alma dos homens, com quem trocava “Olhares sábios e segredantes.”, enquanto que

Às almas das damas, dependendo da sua estrutura física e tessitura facial, o Lorde tanto podia, depois de levemente vergar-se e menear a cabeça, beijar a mão como dar um ou dois dedos de conversa promissores!

O Lorde, com a sua “formação secular em Direito de Usurpação dos Dotes Inerentes ao Cérebro Humano.”, e como Representante do Primeiro entre Ímpares, não se poupava a esforços para impressionar as humanas almas que o visitavam, promovendo bailes e orgias inesquecíveis, lautos banquetes com tudo quanto de melhor, em comidas e bebidas se podia importar da Europa ou da África do Sul, a que nem os perfumes Kenzo, da sua particular predilecção, faltavam. Afinal, sentencia ele (ou o narrador por ele), “Os humanos viviam de ilusões e efémeras banalidades.”

Metáfora do poder, das suas estruturas e hierarquias, e metáfora da guerra, A siamesa: aparição é um romance cheio de humor, de ironia, e de transgressão (características tão comuns ao povo angolano, no seu quotidiano), onde o mito ancestral da dualidade, ou do duplo, se torna o fio condutor e labiríntico da narrativa, como desde o próprio título se dá a ler.

A perseguição à Siamesa, levada a cabo por uma Legião especial Ad-Hoc, da Constelação Unipolar, composta por Kanupy II, Dito e Alaina, é feita com as mais requintadas invenções tecnológicas, como os Carros de Cata-Ricos e os sistemas de comunicações bipolares, a par de camiões e automóveis humanos, onde não faltam sequer humaníssimos acidentes de viação, ou engarrafamentos dos túneis de ascensão. Túneis de ascensão para as almas, naturalmente. E para os seus meios de transporte, detecção e resgate.

Dividido em cinco partes e quinze capítulos, este primeiro romance de Kate Hama não descura nem a figura da mulher nem a sensualidade, o amor, o afecto e o erotismo nas suas páginas. E são justamente personagens femininas algumas das mais fascinantes criações ficcionais traçadas neste livro, como Alaina, Laurinda e Serafina, para além da Siamesa, que, depois da “missão cumprida” por Kanupy II, ao resgatá-la finalmente, e de lhe “fazer as análises da praxe”, a colocou a “relaxar na estufa central da Constelação Unipolar.” Posteriormente, e durante 12 horas, foi autorizada a voltar “a sentir emoções humanas.”, e a rever todos os seus entes queridos.

Não se pode dizer deste livro que seja uma obra-prima, muito embora, descontando, por vezes, um excesso de descritivismo narrativo, seja A siamesa: aparição uma obra consistente, reveladora de um talento sólido de contador de estórias, que vivamente auguro se venha aperfeiçoando nas próximas narrativas, pois só escrevendo, rasgando, reescrevendo muito, se aprende a escrever.

Livro de frescura e vida (porque, afinal, também as almas penadas ou extraterrestres são feitas de sentimentos e vida), A siamesa: aparição deve ser saudada em leitura de proveito e encantamento – e, permito-me repetir –, deve ser saudada fundamentalmente como a obra literária de um escritor que só a Paz pôde trazer à literatura angolana e, agora, ao nosso convívio."

*Zetho Gonçalves é poeta angolano e reside em Lisboa

*Por favor, envie comentarios para editor@pambazuka.org ou comente on line em http://www.pambazuka.org/

terça-feira, 7 de setembro de 2010

9Set - Empreendedorismo é na Mesa Bicuda - Não falte!




A MESA BICUDA continua na liderança! E não há liderança sem empreendedorismo! E por isso mesmo a Mesa não ficou de braços cruzados, mas foi à caça de alguém com espírito empreendedor para partilhar connosco a sua visão e quem sabe revelar "a alma dos negócios".

Por isso, não perca esta Quinta-feira dia 9 de Setembro no Kings Klub a Mesa Bicuda com o Director Executivo da PRO-IT - Rui Andrade.

Mais uma Mesa Levartiana!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mesa Bicuda com representantes da Embaixada Estados Unidos da América


Episódio nº 2
Mesa Bicuda - Lueji Dharma e Daniel Villas Novas


A Mesa Bicuda perdeu a vergonha e a timidez e foi bater à porta da Embaixada dos Estados Unidos de América à procura de mais informações sobre o papel deste organismo em Angola no que se refere à dinamização da cultura e da arte. E não só bateu à porta como também avançou com a apresentação nesta instituição de um projecto intitulado:Jovens Líderes Voluntários.
E sem grandes rodeios os representantes da Embaixada manifestaram o seu interesse no projecto e a sua vontade de se associarem a este assumir de liderança. Um projecto de angolanos para angolanos que pretende angariar o maior número de parceiros sem qualquer distinção.
E assim munidos desse incentivo, ficou agendada esta mesa bicuda com estes representantes que vieram manifestar o interesse dos EUA em cooperar respeitando a identidade nacional do povo angolano. Nesta Mesa Daniel Villas – Novas partilhou a visão de uma América cada vez menos autoritária e mais solidária, tentando ouvir mais do que mandar sem conhecer. E neste contexto, Daniel revela que Angola é mais do que a visão negativista que o primeiro mundo tem e reconhece nela uma capacidade potencial crescente e patente numa juventude que se esforça. E é nessa juventude capaz de fazer e de trabalhar para o bem comum que os americanos querem investir.
Neste sentido, Daniel fala-nos da selecção dos jovens angolanos que foram ao fórum de líderes que decorreu nos Estados Unidos. Os critérios basearam-se acima de tudo no voluntariado e na capacidade de empreender acções. Assim, se justifica a selecção de Luis Jimbo e Marcos Almeida.
Por outro lado, os Estados Unidos disponibilizam Bolsas de Estudos para jovens licenciados angolanos que queiram estudar nos EUA com o compromisso de regressarem ao país com sentido de trabalho em prol do progresso e desenvolvimento.
De referir ainda o investimento em dinamizar a língua inglesa através da criação do Clube de Inglês e do Festival da Língua Inglesa a decorrer no presente mês de Setembro no Cazenga.

De enfatizar é a presença do centro de pesquisa que possui livros, acesso á internet e de acesso gratuito.

Ficou claro, que para quem está disposto há muitas iniciativas que podem ser aproveitadas...não desista dos seus sonhos e vá à luta.


Lueji Dharma

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

2 de Setembro - Mesa Bicuda com Embaixada dos EUA

Hoje teremos na Mesa Bicuda e após a presença Luis Jimbo a falar sobre o Encontro dos Jovens Africanos com o Presidente Barack Obama, a presença de membros da Embaixada dos Estados Unidos. Estes convidados darão uma perspectiva geral das actividades culturais desenvolvidas pela Embaixada para promover o intecâmbio cultural Angola - EUA.

É exemplo as Bolsas de Estudo e o Clube de Inglês.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Roque Santeiro

http://roquesanteiro.wordpress.com/2007/09/25/o-mercado-roque-santeiro/


Roque Santeiro



"Roque Santeiro é o maior mercado ao céu aberto na Angola. A maioria das vendinhas são cuidadas por mulheres. No vídeo abaixo, elas reclamam da decisão do governo em mover o mercado para outra área, fora da cidade, e longe da clientela habitual.



Pelo jeito, a novela Roque Santeiro foi sucesso na Angola. Será que existem crianças Angolanas com os nomes Sinhozinho Malta ou Viúva Porcina?

Na novela Roque Santeiro, uma cidade vivia às custas de um mito – todos dependiam de uma maneira ou outra no “morto” Roque Santeiro. O mercado Angolano Roque Santeiro também tem uma relação precária com sua clientela: caso os poderosos mudem o mercado para fora da cidade, destruirão a vida de várias pessoas que não tem como chegar lá. Na novela, com a volta de Roque para a cidade de Asa Branca, muitos viram seus negócios em apuros – como os já mencionados Sinhozinho Malta e Porcina, e aquela outra figura principal da novela, o Zé das Medalhas."

domingo, 29 de agosto de 2010

A MESA BICUDA ASSUME A LIDERANÇA!

O assumir da liderança começa em sua casa e contagia o mundo.


Mais uma Mesa Bicuda decorreu no passado dia 26 no Kings Klub sob o tema da Liderança em África. Nesta Mesa o convidado foi Luis Jimbo que esteve recentemente com o Presidente Barack Obama para o Encontro de Jovens Líderes Africanos. Neste breve diálogo ficou claro que a Liderança é fundamental no processo de desenvolvimento de Angola, através de jovens com criatividade, autoconfiança, espírito de sacrifício e voluntariado. Destes jovens dependerá o tipo de nação que teremos daqui a 50 anos: Inovadora? Dinâmica? Empreendedora? Com uso de novas tecnologias? Oportunidades para todos? Liberdade de Expressão? Qualidade de ensino? Envolvimento na boa governação? Transparência? Tudo depende de cada um de nós!
O cenário actual de um mundo de crise e falta de oportunidades não é desculpa para alguém que acredita nos sonhos e em si. Um Líder constrói visões e torna-as realidade, ao mesmo tempo, que inspira outros a serem mais.
Embora a realidade presente de falta de emprego, fome, não acesso ao ensino, extrema violência, roubos, assaltos e pobreza extrema nos levem a acreditar que não existe esperança, a verdade é que não são razão para se desligar da vida e aceitar o facilitismo como solução. Não há razão para desistir, roubar ou viver uma vida de ostentação perante tanta miséria, pois dessa forma, é viver sem visão. Opte, antes, por assumir a responsabilidade da sua vida ultrapassando os desafios e servindo o próximo, para que todos possamos ter um futuro próspero.
A verdade, e como diz o Barack Obama, não há desculpas para não desfrutarmos de uma África de sucesso. O momento é agora e todos temos de assumir a Liderança! Outros jovens já o fazem como:
Movimento Lev’arte, Lukeny Bamba, Joel Sérgio, Luís Jimbo, Kool Klever, Pedro Bélgio, e outros.

Projecto Líderes Voluntários
O interesse suscitado por este diálogo levou a que espontaneamente se criasse um projecto ambicioso que pretende a “construção de uma geração angolana de jovens com visão e auto-confiança que serão os actores principais no processo de desenvolvimento do País, África e do Mundo”.
Assim, considerou-se como principais objectivos:
Capacitar líderes e espírito de voluntariado;
Criar redes de Líderes e voluntariado;
Promover intercâmbio e solidariedade entre jovens líderes voluntários a nível nacional/internacional.
De todos depende o futuro do nosso País: Assuma a Liderança!
O assumir da liderança começa em sua casa, na sua rua, no seu bairro e no seu trabalho…e contagia o mundo.


Lueji Dharma / Movimento Lev’Arte

sábado, 21 de agosto de 2010

Dia 26 de Agosto Mesa Bicuda aborda a visão de Barack Obama para África


MAIS UMA MESA BICUDA!!!!


A próxima Mesa Bicuda contará com a presença de Luís Kandangongo Jimbo que esteve recentemente no Encontro de Líderes Africanos promovido pelo Presidente Barack Obama nos EUA.

Nesse encontro Luís Jimbo ouviu o discurso Barack Obama sobre o Papel de África e dos Africanos no Mundo; Neste discurso Barack Obama incita os Africanos a permanecerem fiéis a si mesmos e aos seus sonhos no seguimento dos desafios que vão enfrentando! E é a estes Africanos que Barack Obama diz que os EUA estão dispostos a apoiar...

Uma Mesa onde se falará, também, da importância do Voluntariado na Construção da Nação, do papel de todos nós na construção de uma África democrática e no Papel de África num mundo Global e interligado.

Imbuído de espírito democrático Luís K. Jimbo falará sobre:

Qual a Visão de Barack Obama sobre África?
O Voluntariado como processo de construção de uma nação!
Soluções para os desafios existentes? HIV Sida/ Corrupção/
Qual o papel de África no Mundo Global e interligado de hoje?
O Papel da diáspora em África! Porquê arriscar regressar?



É neste clima de esperança para uma África Melhor que a Mesa Bicuda propõe mais um tema e faz um convite a todos os que querem contribuir para um mundo melhor!

Mais informação:

http://www.america.gov/st/democracyhr-french/2010/July/20100802121459x0.8340505.html


PS: Repasse esta informação a outros amigos da Arte e da Cultura

Lueji Dharma
Nzambi é Amor
Fé e esperança numa África de paz!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bom Português na Mesa Bicuda com José Carlos de Almeida

Realmente esta Mesa começa a tornar-se Bicuda. E o tema da Língua Portuguesa no seio de escritores e poetas alvoraçou a multidão. José Carlos de Almeida deu ensaboadelas e enxaguadelas ao público com correcções de Português que nos levaram a questionar o simples:
"Obrigado" e "Obrigada",
"Pilão" ou "Pilau";
"Mais" ou "Mas";
"Tou a vir" ao "Estou a ir"
"lhe" ou "a"/"o".


José Carlos Almeida deixou-se entusiasmar pela retórica e vociferou com sentimento a defesa do Bom Português e dos Comportamentos de Etiqueta! Pois é! Há situações que este autor defende ser inadmissíveis, especialmente, para pessoas que de alguma forma têm acesso à formação.

Realmente quando os nossos jornalistas, professores, escritores e apresentadores de televisão são os primeiros a expressar-se com erros ortográficos torna-se complicado reverter o processo de desqualificação do português. No entanto, é necessário fazer-se um esforço de correcção para que todos possamos "falar a mesma língua".

O Acordo Ortográfico segundo autor embora com grande cunho do português do Brasil é uma forma de garantir o acompanhamento da evolução da língua.

Concorde-se ou não, José Carlos de Almeida apresenta-nos um livro polémico que vale pelo alerta que deixa: Vamos ter mais atenção ao português e ao comportamento. O autor defende: "Nada de andar na rua com uma perna de frango na boca e descamisado!"

Um livro que será lançado na Chá de Caxinde no dia 2 de Setembro e que merece total apoio.

sábado, 14 de agosto de 2010

Mesa Bicuda é mais cultura!





A ignorância é a mãe de muitos males!
Só na ignorância cresce a intolerância.

Um abraço,

Lueji

19 de Agosto / Mesa Bicuda - Bom Português




Depois de uma Mesa Bicuda super - interessante, a próxima não ficará atrás. Teremos o escritor José Carlos Querido a dialogar sobre Bom Português.

Não falte a mais uma Mesa Bicuda!

Um abraço,

Lueji Dharma

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Verdade, Bondade e Necessidade - Sócrates

"AS TRÊS PENEIRAS – Por Planeta Voluntários

Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?

Arremata Sócrates:

- Se passou pelas três peneiras, conte !!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.

Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta"

Mesa Bicuda - Arte do Engano na Televisão


Arte do Engano na Televisão!
João Melo de Sousa e Lueji Dharma


João Melo de Sousa ao longo da sua carreira diversificada teve hipótese de experimentar o mundo televisivo através do Porto Canal. Desde essa altura, desenvolveu um sentido crítico e de análise em relação ao mundo da TV. É a sua visão que ele partilhou connosco na Mesa Bicuda em mais uma Quinta Feira da Poesia no Kings Klub.

Construção de cenários e imagens!

A televisão constrói cenários e imagens que são apreendidas como verdades absolutas mas sem, desprimor para a televisão, o telespectador deverá conhecer mais profundamente para distinguir a verdade televisiva da realidade.

Verdade televisiva diferente de realidade!

Os fazedores de notícias e programas têm formatos que devem obedecer e criar para conseguirem passar a mensagem de forma interessante e esteticamente apelativa, mesmo que isso desconstrua totalmente a realidade. Por exemplo, para fazer com que um telejornal se torne mais apelativo a redacção recorre aos directos. É conhecido o caso de um famoso jornalista que dizia estar em directo de Bagdad na altura da Guerra do Iraque, quando se encontrava num hotel. Com as luzes certas, a maquilhagem ideal e com as imagens de fundo de uma guerra ninguém duvidou!
A verdade é que a televisão pode criar o cenário que se quiser e fazer-nos crer que é a realidade.

Responsabilidade da notícia…
Uma redacção de um telejornal recebe inúmeras notícias diariamente. E dessas notícias é necessário em tempo record destrinçar o que é notícia, do que é boato, e a sua importância em termos globais. Para que se garantisse a fiabilidade da notícia era necessário que os jornalistas fossem averiguar a história e fazer uma peça jornalística da mesma no menor tempo possível. Tal implicava custos desmedidos e ao mesmo tempo o telejornal poderia ficar esvaziado de conteúdo. Nesse sentido os meios de comunicação viram-se desde muito cedo obrigados a recorrer às agências noticiosas.

As agências noticiosas…uniformização e validação da notícia
A abertura de uma notícia em geral, e especialmente se for bombástica, começa por: “Segundo a Agência Noticiosa...”. Esta foi a forma que as redacções encontraram de se salvaguardar e de, ao mesmo tempo, conseguirem ter os telejornais munidos de informação validada. Estas agências possuem agentes em quase todos os pontos do mundo e fazendo uso das novas tecnologias conseguem manter uma base de dados de informação jornalística actualizada.

Um exemplo clássico de como ter um conhecimento das técnicas televisivas pode ser decisivo para umas eleições! Caso Nixon versus JFK
O célebre caso do debate televisivo Nixon versus JFK considerado pelos analistas políticos como o factor decisivo das eleições demonstra que uma imagem vale mais que mil palavras. Com uma imagem bem tratada e bronzeada, com maquilhagem adequada e um fato de Verão Kennedy venceu um Nixon desmaquilhado, desgastado por uma doença e transpirado pela combinação da temperatura elevada do estúdio e o fato de Inverno. O desconforto da imagem de Nixon perante um jovial e confiante Kennedy foi mais importante que a experiência de Nixon. E desde essa altura, a Televisão tem mantido acesa a chama dos debates televisivos em eleições.

Quanto ao Lev’Arte e a sua imagem como programa de entretenimento poético e cultural…
João Melo de Sousa não deixou de tecer elogios à performance deste Movimento. E especialmente destaca-se claro o papel do apresentador Kiokamba que mantém e faz a ligação entre todas as intervenções com elevada criatividade humorística.

Mais uma Mesa Bicuda!
Lueji Dharma / Nzambi é Amor
12 de Agosto de 2010.

domingo, 8 de agosto de 2010

Mesa Bicuda!!! Eu tb quero ir

12 de Agosto Mesa Bicuda - Arte do Engano e a TV




Mais uma Mesa Bicuda onde a sua presença é fundamental!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Liberdade




Voar rumo à Liberdade

Vim do abstracto
No nada com que nasci
Vim sem submissão
Vim sem servidão
Num choro de determinação
A Vida foi força-motriz
que busquei por instinto
a sobrevivência!
Naturalmente me fiz gente
com Querer e Vontade
busquei informação
que tranformei em conhecimento
e encontrei Heteronomia
e na divergência moral
no encontro das regras
perdi-me e desequilibrei-me
obedeci ao meu Eu condicional!
Faltei-me!
Sem desistir superei-me!
das condições condicionantes
expus interrogações preocupantes
quis autonomia
decidir com conhecimento
sem o próximo ferir
percebi!
ser livre sem ferir
ser Livre é SER!
é desejo vindo do coração
numa Verdade do ser Inteiro
Pleno de Amor pelo EU
que se vê reflectido
na sabedoria
de quem equilibra
o Físico - Químico
O Biológico e Psicológico
Num voo espiritual
que alcança a supremacia
de gritar Eu Sou
num caminho de autorealização
de quem vive com o coração
repousando na lógica da razão
e na responsabilidade da acção
porque Eu SOU o Que SOU!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

5 de Agosto - Mesa Bicuda com Joel Sergio e Ivandra Ferreirae




Próxima Mesa Bicuda faremos uma incursão no mundo das drogas com os autores do Livro Cartas a um Viciado...


Lueji Dharma

Cartas a Um Viciado

terça-feira, 27 de julho de 2010

MESA BICUDA com Ilda do MB




Não falte a mais um diálogo! Desta vez sobre a noite angolana e a diversão nocturna com a Relações Públicas do MB.

Saudações,

Lueji Dharma

sábado, 17 de julho de 2010

DIA 22 - GILMÁRIO DOS TUNEZA NA MESA BICUDA




Não falte a mais um momento cultural, na Mesa Bicuda do Movimento Lev'arte.

Dia 22 de Julho
KINGS KLUB na Vila Alice

Saudações Humorísticas,

Lueji Dharma

Ludmila - e o Spoken Word



A bela e doce Ludmila esteve na Mesa Bicuda exponenciado um Spoken Word Musical, ie, uma poesia melódica onde as palavras criteriosamente seleccionadas compõem ritmos suaves com mensagens de amor e paz.



Spoken word “love that way“
“Love That Way
Love conformed
Love that way
Anyway
Vamos amar, bem perto, bem distante .... Just this way....
Deixemos as amarras para o tempo das masmorras , nao fiques no lugar alheio com receios, deves temer isto qdo investes no bay
o amor deve estar free, love that way , tudo que sei , ate mesmo se for gay...eh stay...amor stay free.....love free.
porque love é mais do que ves, se tens otite , ou se gostas da minha grafite
Love é convencional, tradicional, é mascarado num mundo do avesso
E hoje mais complexo, love...sem materialismo, eh esquece se vives disto....
Sim....love.... aprendi comigo , algo escondido no muro do mundo ,que tem de ser derrubado, como o que houve em berlim
Algo, que nao requer intelecto, bem far away, no fundo do meu pensamento que pelo menos esta em funcionamento
Love...
é surdo, mudo, mas nao absurdo......nao
Absurdo como guerras sangrentas e, os bla, bla, bla ...quando as aceitamos como fundamentos
Love conformed
Love that way
Eh!!!!!!!!!!!........love
Oh!!!!!!…love
Mas é diferente aqui a frente, Na minha universidade e numa diocese
Amor deve ser pardal ,a procura de liberdade total
Love.....
de beijos ranhosos nas manhas cinzentas, solarentas
love.....
Com ele, com ela ,de segunda , terça, quarta-feira e, outro dia sem hora certa, Ao som da chuva , com trovadas, com tempestades, so amor... para matar saudades, sem teres localizaçao, boa situaçao......isto nao mata o coraçao
Eh!!!! … Love
Oh!!!!!!....love
Love conformed.....love that way………
Love makes you happier……..love make you cry…
Amor é Vida "

“La rouge “

quarta-feira, 14 de julho de 2010

15 de Julho - Mesa Bicuda com Poeta dos Pés Descalços




Mais uma Mesa Bicuda, onde a Poesia é Rainha!
Venha dialogar com o Poeta dos Pés Descalços.

Lueji Dharma

terça-feira, 6 de julho de 2010

O reencontro 2 in " Aldeia de Deus"

-Muita calma nessa hora…disse-lhe enquanto abria a porta. Receava um ataque violento quando a pousasse no chão. Fechou a porta e colocou-a lentamente sobre a cama, ao mesmo tempo que deixava o seu peso cair sobre o corpo desta. Regressei porque sei que te amo! E como tal quero-te ao meu lado toda uma vida - disse enquanto fazia deslizar um anel com uma pedra de esmeralda no seu dedo esguio.
-Acertei no tamanho do anel. Medi-te o dedo na noite do Miami. Já tinha isto planeado…
-Mas…
-Não há mas! O mas é inimigo da acção. Só peço que não te preocupes pois tudo o resto virá por acréscimo… apenas preciso da tua colaboração - reforçou com a voz de quem conhece a certeza. E sedento dela prendeu-lhe as mãos para as elevar até a cabeceira da cama… e sem mais palavras selou a união com um doce beijo protegido pelas deidades da terra que lhes davam a oportunidade de viver um grande amor! O beijo encerrava um mundo. Os lábios carnudos dele magicamente deslizavam nos dela. A sua pele macia e doce esbatia-se na pele suavemente salgada e transpirada de dele…e tudo o resto deixou de existir pois o amor tomou forma.
Há finais felizes! Basta acreditar e desejar…

Esperava por Lueji na Aldeia de Deus…tudo se encaminhava para tal. Mas os deuses sucumbiram a mais uma história de amor. Cientes de que estas duas almas possuíam a capacidade de tal como o Yin e o Yang se completarem, libertaram Lueji do destino angelical traçado. Ela desejou e assim se processou…
Não há nada que o coração puro peça que não seja materializado…dentro da democracia divina tudo vos será dado.
Abri ainda hoje as portas da sabedoria que encerra o vosso coração…e tudo o resto vos será acrescentado!

Perdi-me

Busquei o infinito na certeza dos sonhos.
Fui anormal?
Busquei a paz na quentura do marasmos.
Agi mal?
Busquei luz onde o sol se esconde!
Fui irracional?
Atravessei desertos em busca de oásis!
Sou para além de anormal?
Procurei uma agulha em montes de palha!
Loucura fatal?
Tentei alcançar o horizonte!
Desilusão total?
Perdi-me numa folha branca!
Reinvenção incondicional!
Perdi-me de amores!
Perdi-me somente!
Sou Banal?
Usual?
Anormal?
Perdi-me...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dia de Africa - por um mundo melhor!




Na Terça-feira dia 25 de Maio celebrou-se o Dia de Àfrica no Espaço Bahia através do espaço cultural com 6 anos que Lukeny Bamba tem mantido no ar. Nesse espaço, houve união, patente na junção de esforços entre artistas pela Arte e por África. Um desfile de "celebridades sem fama" passou pelo palco deixando de forma forte e eficiente uma mensagem de positiva para o futuro de África.

Kanguimbo Ananas declamou e cantou a alma de àfrica em vozes da ancestralidade que nos moveram para anos de História; Já o Sixckim aventurou-se por um monólogo que pretendeu descrever um fio lógico e deconhecido da História do dia de África.

A bela e encantadora Ludmila perpetuou palavras em sons ritmados que na musicalidade do Agora apenas pretendem representar o voo das borboletas sobre as flores dos jardins encantados. Sem éticas e nem morais, apenas ritmos poéticos que também ecoam em África num Spoken Word que é, não mais, que palavra falada.

No palco também se derramou sangue, ou melhor, gotinhas de sangue plenas de revolução em poesia que se quer futurista e delatora do Karma social e económico que se vive em Angola. Karma que se quer desfazer, para se poder ter um futuro no Dharma. Liberto do sofrimento e da dor de não ter o que comer, de não se ter água para beber, energia para nos iluminar a noite e livros para nos fazerem sonhar mundos porque vale a pena lutar. Pois graças ao nosso Kiokamba e Milton tivemos um dos expoentes da poesia declamada com voz de quem já anda cansado de percorrer a desgraça mundana quando já vê mundos de abundância. Falta pouco...é só preciso dar tempo ao tempo pois a Vitória É Certa, com o Lev'Arte.

E como falar em Gotinhas de Sangue, Lev'Arte sem falar nesse grande líder camuflado de povo que é o Kardo Bestilo. Pois é, despiu a veste de infiltrado para se apresentar dorido, arrepiado, arregalado, cadavérico, mas não moribundo...pois é a luta é árdua mas a vontade de vencer impossível de apagar. Kardo libertou gritos sufocados de quem vive amordaçado num tempo que não chega nunca a ser realidade. Somos muitos nesse moviomento de gotas que caem como chuva torrencial em rios gigantescos da alma que corrompem jogos de poder. Somos muitos neste rio que alaga, transborda e não se detém em obstáculos de corrupção. Somos muitos pela Arte e na Arte. Por África, mas acima de tudo por um mundo melhor! Somos muitos!

E Joel, não fez por menos ao defender de forma tão profunda e entusiática o mundo de sucesso que passa pelo caminho Para Deus, com Jesus Cristo e nas aventuras da descoberta de um mundo interior que todos nós temos. Ninguém pode ser feliz sem se conhecer a si próprio e sem lutar pelos sonhos que detém. Só com o entusiasmo dos sonhos, com a força do desejo de ser o melhor possível, o mundo pode evoluir no sentido da Liberdade, Fraternidade e Igualdade imprescendíveis à verdadeira democracia. Nunca é demais sonhar! Mas acima de tudo é imprescendível fazer, tornar realidade, esse mundo interior inerente à alma e á espiritualidade.

E declamou-se mais poesia, percorreram-se mais sentimentos e concluiu-se que a poesia encerra magia e liberta o homem. Só pela mente, pela alma, pelo amor e pela evolução espiritual podemos contribuir para uma Àfrica melhor e acima de tudo para um MUNDO MELHOR onde Deus está no comando...


Para quem quer lêr mais sobre este dia, vão até ao link abaixo:

http://joelsergio.blogspot.com/2010/05/artes-vivas.html


Joel, ainda bem que tomaste a rédea e colocaste em texto um "cadito" do que se passou no espaço Bahia. Para mim, foi um momento divinal visto ter-me sentido parte da mudança para um mundo melhor. E claro que nesse mundo melhor a nossa África não fica atrás...sucesso de todos é o sucesso do mundo. Esse sucesso como tu o defendes nesse tua obra grandiosa, passa necessariamente por Jesus Cristo...
Um bem haja a todos que estiveram presentes a lutar por um mundo melhor e a permitir que Deus intervenha!

Nzambi é Amor

PS: Peço desculpa a quem não citei, mas a minha memória não é das melhores!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Martin Luther King - Biografia

"Martin Luther King nasceu em Atlanta (EUA), em 1929. Ainda jovem, aos 19 anos, foi ordenado pastor batista e algum tempo depois se formou como Teólogo, pelo Seminário Teológico de Crozer.

Para fazer uma pós-graduação, mudou-se para Boston, onde conheceu Coretta Scott, com quem se casou em 1953. No ano seguinte, King se tornou pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama.

Em 1955, aconteceu o incidente que levou a figura de King a ser conhecida como sinônimo de luta pelos direitos civis, conhecido como boicote aos ônibus de Montgomery. O boicote aconteceu por causa da prisão de uma negra que se recusou a ceder lugar no ônibus para uma passageira branca. Luther King, então, liderou o boicote aos ônibus de Montgomery, que durou um ano.

Como uma represália ao boicote, King teve sua casa bombardeada várias vezes e recebeu várias ameaças. Mas a Suprema Corte deu fim ao boicote, ao proibir qualquer tipo de discriminação racial.

Vitória de King e do pacifismo.

Em 1957, Luther King ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), organização de igrejas e sacerdotes negros, que consagra King seu líder. O objetivo da organização era acabar com as leis de segregação, usando apenas métodos pacíficos.

Inspirado pelo método pacífico de Gandhi, Luther King viajou até a Índia para compreender melhor esses métodos e aprimorar suas manifestações. Contribuiu amplamente para o reconhecimento dos direitos civis dos negros no seu país, em protestos como a campanha a favor dos direitos civis em Birmingham, Alabama, em 1963; a realização do censo para aprovação dos votos dos negros; o fim da segregação racial e a melhoria da educação e de moradia para os negros nos estados do sul.

Além disso, foi responsável por dirigir a histórica ”marcha” para Washington, em agosto de 1963. Foi nessa ocasião que fez o famoso discurso I have a dream (Tenho um sonho). E em 1964 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Ampliando suas preocupações, King se associou ao movimento contra a guerra do Vietnã e às lideranças brancas, em 1967. Recebeu muitas críticas das lideranças negras, que acreditavam que era preciso se preocupar com os problemas dentro de casa, primeiramente.

No ano seguinte, Luther King foi assassinado por um branco, fugitivo da cadeia. Seu assassino pegou a sentença de 99 anos de prisão."

Se ele conseguiu lutar pelo inimaginável como poderemos parar perante certezas pelas quais outros já morreram. Não