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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Invictus - Mandela um líder capitão do seu destino e mestre da sua alma



Invictus - a união faz a força!






O filme Invictus de Clint Eastwood homenageia Mandela e África do Sul. Nesta película cinematográfica o destino de Mandela confunde-se com o do país que ama e que quer vêr livre a todo o custo do regime de Apartheid. Por amor a esse país Mandela renega a vinganças mesquinhas e coloca a união nacional em primeiro lugar. Após ter vencido democráticamente as eleições que lhe conferem o poder de governar a África do Sul, Mandela decide ser um líder antes de ser um homem, um presidente, um pai de família...decide unir o que anos de apartheid tinha separado de forma tão nefasta. E é neste contexto, que se vê num país onde o rugby como modalidade desportiva se encontra em declínio em parte por ser considerado um símbolo do apartheid pelos negros.

E contra todas as vontades Mandela decide apostar naquilo que o seu inimigo valoriza. Entende que dessa forma conquistará o inimigo que nesse momento também integra o povo que quer liderar. Esquece para isso os anos de cativeiro, as ofensas e decide enfrentar os seus apoiantes que consideram este acto como uma traição! Mas como ele refere um líder não tem medo de seguir aquilo em que acredita.

Reforça as suas decisões no passado de cativeiro onde a leitura e a poesia eram suas companheiras...e é essa poesia que liberta para o terreno político demonstrando ser acima de tudo um homem com uma alma indomável, que mesmo na escuridão e sob o jugo da tortura manteve a sua integridade e a liberdade nas suas escolhas.


Poesia de Henley’s “Invictus”:

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud,
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbow’d.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.


Este poema, segundo Mandela era a razão para se manter firme nas suas convicções mesmo naqueles dias em que se sentia derrotado durante anos de cativeiro.


A poesia é realmente a arte de projectar mundos futuros que da estreita porta do desconhecimento não conseguimos ver.


Saudações poéticas,

Lueji Dharma

Um comentário:

Jorge Kalukembe disse...

Tal como a Lueji, eu também adorei o filme por ela descrito.
O retrato que a Lueji, faz é exacto e por isso muito claro para quem ainda não viu o filme.
Quanto ao homem Nelson Mandela, apenas digo:
Que pena eu não ter tido um Nelson Mandela no meu país!